domingo, 24 de abril de 2011

Reflexão Sobre Ocorrido em Realengo

Mais um capítulo da saga da violência no Rio de Janeiro, ocorreu no dia 07 de abril último, em Realengo, quando um rapaz de 23 anos, de nome Wellington Menezes de Oliveira, atentou contra vida de 24 crianças entre 12 e 14 anos, sendo na sua maioria do sexo feminino. A cena digna de um filme policial, teve a Escola Municipal Tasso da Silveira , localizado na Zona Oeste do Rio, como palco da tragédia amplamente divulgada na mídia, repercutindo , inclusive, internacionalmente, chocando a todos, tamanha a frieza do executante e da riqueza dos detalhes da chacina, cuidadosamente programada.

Temos um culpado pelo assassinato em massa. Provas irrefutáveis da sua culpa além do mesmo ser réu confesso e deixando uma 'carta de despedida' colocando , a sua maneira, o porquê de realizar tal ato. Em uma análise fria, vemos que se trata de um psicopata e como tantos outros de mesmo quilate tem na infância os indícios para a execução do crime cometido. O mesmo ainda tinha o histórico de esquizofrenia por parte materna, salvo engano, para ainda agravar mais o caso.

Mas, devemos observar que a sociedade também contribuiu para a formação da mentalidade criminosa do dito Wellington. Sempre de comportamento atípico, era hostilizado e ridicularizado pelos colegas contemporâneos a ele na dita Escola, onde sofria violentas ações de 'bullying' que, ao meu ver, foram contribuintes fortemente para que mais de agravasse o estado da mente doentia do criminoso, uma vez que ele próprio já tinha fatores que poderiam levá-lo a uma doença grave em termos psicológicos.

De origem e de infância pobres, criado por uma família a qual não foi a sua de origem, passou por dificuldades na vida, mas , suponho, sempre teve em mente poder ter a chance de se vingar daqueles que o ridicularizavam, daí cuidadosamente arquitetou o crime. Passou a viver em função deste que foi o seu 'grande dia'. Fez da sua última moradia terrena, o seu 'quartel general' , onde se muniu de armas e de conhecimento para execução do crime. Imagine, se estas energias canalizadas para algo de tão macabro fosse direcionada para algo de benéfico para comunidade a qual ele pertencia … quanto , talvez, esse homem, alimentado de rancor e ódio, bem direcionado, poderia contribuir para o bem comum ao invés de ceifar vidas de inocentes que morreram e nem souberam o porquê de suas vidas terem chegado ao fim tão cedo e de maneira tão trágica?!

Lamentamos pela perda de vidas inocentes que poderiam ter destinos brilhantes, terem completado suas trajetórias de vida terrena de outra forma que não esta tão cruel. Pactuo também do sofrimento das famílias que perderam seus pequenos entes queridos numa rotineira e banal 'ida a escola', que ao vê-los saírem de casa naquela manhã, não imaginaram que não os veriam mais com vida. A dor sofrida pela perda de um filho já é por demais sentida, imagine se tal perda é fruto da ação de um 'serial killer'?! Doloroso, muito doloso.

Creio estarmos diante de um caso onde a 'violência gerou outro caso de violência'. A sociedade teve sua parcela de culpa, além do executor do crime, ela contribuiu para a formação da mente doentia daquele que se tornou criminoso, mediante de tudo que viveu na adolescência, voltando a cena na Escola agora não mais como vítima, mas sim como, 'vingador das causas próprias'.

Aqueles que têm filhos na escola, cabe alicerçá-los em casa para que não cometam o bullying contra os colegas, ensinando-lhes conceitos de respeito pelo seu próximo e a conviver neste nosso mundo de diferenças raciais, comportamentais dentre outras. A aceitar ao próximo como ele é, sem críticas jocosas. Ser fraterno acima de tudo para que tenhamos um mundo mais fácil de se conviver e de se coexistir. Que tenhamos uma semana proveitosa, a Paz de Olorum a todos!

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Pedagogo por formação, terapeuta holístico cuja mediunidade aflorou aos 5 anos de idade e desde então vêm crescendo na sua trajetória de vida voltando-se aos estudos da espiritualidade. Alia a mística e a ciência para ajudar a aqueles que o procuram para auxiliar na transposição de obstáculos que a vida a eles impõe.

Além de terapeuta holístico (registrado na Ordem dos Terapeutas Holísticos do Brasil, sob cadastro OTH015), numerólogo, também é adepto do Candomblé e tem como Orixá Iansã, Deusa dos Raios, a qual é regente da vida dele: “Em Iansã, deposito toda fé e confiança! “ – palavras de Alyryo.

Aqui, ele esclarece sobre aspectos desta Entidade, através de artigo publicado na revista 'A História dos Orixás' páginas 50 a 52(Clique aqui para acessá-las).

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