terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Àgua, patrimônio da Humanidade

A água, assim como o Sol, é um recurso natural indispensável à vida nosso planeta. Possui um enorme valor econômico, ambiental e social, fundamental à sobrevivência do Homem e dos ecossistemas na Terra. As primeiras formas de vida surgiram nos oceanos há cerca de 4 milhões de anos. A água é fundamental porque é um recurso natural único, escasso e essencial à vida de todos os seres vivos. Por muitos milhares de anos, subsistiu a ideia de que a água era um recurso infinito, esta ideia tinha como base a abundância deste recurso natural na Natureza.

Nos nossos dias, o desperdício aliado ao aumento na procura deste recurso, tornou-se num problema que requer a atenção de todos, devido à decrescente disponibilidade de água doce no nosso planeta. Se tivermos em conta que diariamente usamos a água nas mais diversas atividades na nossa vida (higiene pessoal, alimentação, rega e limpeza, indústria e agricultura), e nem sequer temos a noção da sua importância, temos aqui a prova de que ainda temos muito que aprender relativamente à importância deste recurso na nossa sobrevivência.

A água é um recurso natural de valor inestimável. Mais que um insumo indispensável à produção e um recurso estratégico para o desenvolvimento econômico, ela é vital para a manutenção dos ciclos biológicos, geológicos e químicos, que mantêm em equilíbrio os ecossistemas. É, ainda, uma referência cultural e um bem social indispensável à adequada qualidade de vida da população.

A conservação da quantidade e da qualidade da água depende das condições naturais e antrópicas das bacias hidrográficas, onde ela se origina, circula, percola ou fica estocada, fora de lagos naturais ou reservatórios artificiais.

Isso porque, ao mesmo tempo em que os rios, riachos e córregos alimentam uma determinada represa, por exemplo, eles também podem trazer toda a sorte de detritos e materiais poluentes que tenham sido despejados diretamente neles ou no solo por onde passaram.

Recentemente muito se tem falado a respeito da "crise da água", e especula-se sobre a possibilidade da escassez deste recurso vital se tornar motivo de guerras entre países. É preciso haver consciência de que, exceto no caso de regiões do planeta em que há uma limitação natural da quantidade de água doce disponível, na maioria dos países o problema não é a quantidade, mas sim a qualidade desse recurso, cada vez pior devido ao seu mau uso e gestão inadequada.

O tema água e sustentabilidade tem sido amplamente discutido, especialmente em 2013, ano considerado “o ano da água”. A melhor forma de utilizá-la e como preservar mananciais e nascentes das mudanças climáticas oriundas do aquecimento global merecem destaque quando pensamos no futuro de nosso planeta.

A população mundial tem crescido rapidamente e a água do nosso planeta continua a ser distribuída da mesma forma. Não bastasse isso, boa parte desta água é, diariamente, contaminada por esgotos não tratados nas cidades. Governos e cidadãos devem se conscientizar da importância dela para um futuro próspero, sendo que para aqueles é necessário que seja realizada uma reestruturação do sistema de saneamento e abastecimento e para estes evitar a poluição de água pelo lixo já contribuiria sobremaneira para a sua preservação.


Muitos acreditam que num futuro próximo a falta da água irá gerar guerras entre países, o que não assusta uma vez que hoje já ocorre rivalidade em torno dela. O aquecimento global, que vem provocando aumento da temperatura em todo planeta poderá acabar com diversas fonte de água doce no planeta. Não bastasse isso, as águas dos polos, que são nossas reservas de água potável para o futuro, estão derretendo cada vez mais rápido. A ONU tem levado o tema a diversas reuniões entre nações, contudo nem todas tem adotado medidas para diminuir a emissão de gazes na atmosfera.


O surgimento, a manutenção e o futuro da vida na terra está atrelada a existência de água, motivo pelo qual são necessárias atitudes conscientes de todos nós para a sua preservação. Não basta que alguns países adotem medidas visando a utilização da água de forma consciente. Ela é patrimônio da humanidade e há que se pensar assim para que no futuro ela não falte e se torne objeto causador de guerras e causador da disseminação da raça humana.

No Candomblé, usa-se a água de forma variada. Serve para os banhos de amacis, para cozinhar, para lavar as contas, para descarregar os maus fluídos, para o batismo. Dependendo de sua procedência (mares, rios, chuvas e poços), terá um emprego diferente nas obrigações.

A água poderá concentrar uma vibração positiva ou negativa, dependendo do seu emprego.

A água tem o poder de absorver, acumular ou descarregar qualquer vibração, seja benéfica ou maléfica. Nunca se deve encher de água, o copo até a boca, porque ela crepitará. Ao rezar-se uma pessoa com um copo de água, todo o malefício, toda a vibração negativa dela passará para a água do copo, tornando-a embaciada; caso não haja mal algum, a água ficará fluidificada. Nunca se deve acender vela para o Anjo da Guarda, para cruzar o terreiro, para jogar búzios, enfim, sem ter um copo de água do lado. A água que se apanha na cachoeira, é água batida nas pedras, nas quais vibra, crepita e livra-se de todas as impurezas, assim como a água do mar, batida contra as rochas e as areias da praia, também acontece o mesmo, por isso nunca se apanha água do mar quando o mesmo está sem ondas.

A água da chuva, quando cai é benéfica, pura, porém, depois de cair no chão, torna-se pesada, pois atrai à si as vibrações negativas do local.

Por esse motivo nunca se deve pisar em bueiros das ruas, porque as águas da chuva, passando pelos trabalhos nas encruzilhadas, carregam para os bueiros toda a carga e a vibração dos trabalhos; convém notar que os bueiros mais próximos da encruzilhada são os mais pesados, porém não isenta de carga, embora menos intensa, os demais bueiros da rua.

Enfim caro leitor internauta, a importância da água pode ser traduzida numa única palavra: ”VIDA!” Sem água a vida é impossível, creia.

A Água está presente em praticamente todos os trabalhos do Candomblé, e sua função é importantíssima.

Por seu poder de propiciar vida ela atrai a vida à sua volta, seja material ou espiritual.

As águas utilizadas para descarrego, têm funcionamento parecido com a fumaça, sendo que a fumaça carrega as energias consigo similar ao vento, e a água absorve estas energias.

As águas em quartinhas nas obrigações significam energia vital, e nas quartinhas junto às velas do Eledá, têm a finalidade de atrair para si as energias que por ali passam, atraídas pela Luz.

Conhecemos e fazemos uso em rituais de água de procedência de campos sagrados, tais como: Rocha, Mar, Mina, Mar Doce(Encontro de rio e mar), Chuva, Cachoeira, Rio, Poço, Lagos, Lagoas e Orvalho.

Todas podem ser utilizadas em banhos, assim além de portadoras de seus próprios axés, serve de veículo para o axé dos demais componentes do banho.

Estas águas devem preferencialmente ser recolhidas e armazenadas, utilizando-se recepientes adequados, outras águas não podem e não devem ser armazenadas por muito tempo, pois “água parada apodrece”. Logo, cuidemos dela para que esta nos retorne em forma de vida e energia. A Paz de Olorum conosco hoje e sempre! Até a próxima postagem!





segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Todo dia não é dia de índio


 
Eles eram os senhores das 'Terras Bazilis'. Sempre viveram em bandos, com suas próprias regras e leis que regiam sua convivência e a coesistência harmônica com a natureza, numa perfeita simbiose na qual a terra mãe dáva-lhes o sustento e eles cuidavam dela como filhos abnegados e respeitosos. Da caça e da pesca e até mesmo da agricultura, vinham seus alimentos e até mesmo as suas sumárias e coloridas vestes e utensílios domésticos. Exemplo de par perfeito: homem e natureza seguiam felizes em terras tropicais, cenário harmonioso de bela fotografia até o dia 22 de Abril de 1500, quando o homem branco, vindo de terras européias, aqui chegou , tomou posse e se estabeleceu, subjulgando os até então donos do lugar, tomando-lhes a liberdade de viver da maneira como quisessem e ainda querendo impor a eles, 'reis do local', o trabalho escravo.

'Todo dia era dia de índio, mas agora eles só têm o 19 de abril', recitava Baby Consuelo na canção de Jorge Benjor, 'Curumim chama cunhatã que eu vou te contar (Todo dia era dia de índio), em meados da década de 80. Infelizmente, para atualizar os versos da canção, poderíamos dizer: 'todo dia não é dia de índio, mas agora nem o 19 de abril eles têm!'.

Com o passar do tempo e com os avanços científicos e tecnológicos é previsível que as civilizações se desenvolvam e propaguem suas culturas. Principalmente com o avanço da ideologia da globalização, em que presenciamos uma 'miscigenação de culturas' e com uma ciência e conhecimento interdisciplinar, em que as áreas se fundem e compartilham suas teorias e pesquisas. Assim deveria ser com as diferentes culturas, a heterogeneidade deve ser preservada.

Esse avanço seguiu o rumo contrário com a civilização indígena, ao invés de integrar, separou e vem contribuindo para a devastação de uma cultura tão sábia e rica como a dos índios.

Ensina-se nas escolas, de forma fragmentada, que a cultura indígena se resume ao dia 19 de abril. Basta consultar os livros didáticos que vai se encontrar a figura de um índio em uma oca ou com vestimentas estranhas totalmente desconectada com a História do Brasil e ao olhar dos estudantes.

Em nome da globalização neoliberal estamos ceifando o futuro indígena. Atualmente a mídia brasileira e os seguidores das ideologias de Cabral e Paes colocam os índios como invasores, a religião condena suas práticas como demoníacas, os governantes estão preocupados com a (PEC) 215 e na diminuição das terras indígenas.

Não resta muita saída para os índios na cultura da modernidade. Os princípios regidos pelo o que estão denominando como avanço é totalmente contrário a ideologia de vida indígena. No mundo dos índios não existe espaço para desmatamento, plantação de soja em larga escala, destruição de aldeias e muito menos construções megalomaníacas.

A terra para o povo indígena não é uma mercadoria, não é um produto de compra e venda. Para os índios a terra é vida, história. É onde foram enterrados seus ancestrais e para onde um dia retornarão, ou seja, um referencial apontado pelo destino.

Começamos o desenvolvimento tirando dos índios o pau-brasil, depois tentamos tirar deles a liberdade os escravizando, atualmente estamos tirando suas terras. A maneira mais fácil em destruir uma civilização é apagando a sua cultura e sua história, isso já começamos a fazer, o que vêm pela frente... nem precisa ser dito.

A conscientização dos índios cresce, eles adquirem mais influência política, se organizam em grupos e associações e estão articulados em nível nacional, muitos se educam em níveis acadêmicos e conquistam posições de onde podem melhor defender os interesses de seus povos, vários simpatizantes de prestígio no cenário brasileiro e internacional se juntaram espontaneamente a eles dando-lhes apoios diversificados, e já existem muitas terras consolidadas, mas muitas outras estão à espera de identificação e regularização, e outras ameaças, como os problemas ecológicos e políticas conflitantes, contribuem para piorar o quadro geral, deixando diversos povos em difíceis condições de sobrevivência. Para grande número de observadores e autoridades, os avanços recentes, entre os quais se inclui notável expansão na área de terras demarcadas e uma taxa ascendente de evolução populacional após séculos de declínio constante, não estão compensando os prejuízos para os índios em uma multiplicidade de aspectos relacionados à questão fundiária, sendo temidos importantes retrocessos num futuro próximo.

No Candomblé cultua-se o caboclo, personalizado pelo índio, é o dono da terra. Na sua maioria são espíritos de índios. Os caboclos de maior popularidade são: Tupinambá, Tupiniquim, Sete flechas, Pena Branca, Sultão das Matas, Sete Serras, Serra Negra, Pedra Preta, Erú, Rompe Mato, Raio do Sol, Rompe Nuvem e outros. Na Bahia os Candomblés são em maioria caboclos, são um misto de Keto e Angola.

Trata-se portanto de um exemplo nítido do sincretismo religioso popular no Brasil.

Registam-se nele influências indígenas e mestiças, resumindo-se os hinos especiais de cada encantado ou caboclo, cantados em português, a uma declaração dos seus poderes sobrenaturais.

Existem ainda os “Candomblés de Caboclo”, típicos dos cultos trazidos pelos negros de Angola. Nessas cerimônias, as filhas e os filhos de santo incorporam não apenas os orixás, mas também os espíritos de “caboclos”, que seriam entidades de luz da corrente indígena.

Assim sendo, caro leitor internauta, devemos respeito e admiração a este povo sofrido, formador da cultura brasileira, que vem perdendo o espaço que sempre foi seu para o homem branco em nome do progresso. Acuados suas terras de direito, perdem a cada dia seu espaço territorial e sua cultura. No Candomblé, recorre-se a eles e a força que eles representam para ajudar na resolução de problemas e são cultuados e referenciados com respeito e admiração. Então, porque não estender este conceito ao nosso cotidiano, valorizando estes nossos irmãos tão sofridos , verdadeiros 'pais' da terra que habitamos? Pense nisso... que a forças do Caboclos nos ajudem a vencer nossas batalhas diárias! Iluminados sejamos nós por nosso pai Olorum! Até a próxima postagem!

Quem sou eu

Minha foto
Pedagogo por formação, terapeuta holístico cuja mediunidade aflorou aos 5 anos de idade e desde então vêm crescendo na sua trajetória de vida voltando-se aos estudos da espiritualidade. Alia a mística e a ciência para ajudar a aqueles que o procuram para auxiliar na transposição de obstáculos que a vida a eles impõe.

Além de terapeuta holístico (registrado na Ordem dos Terapeutas Holísticos do Brasil, sob cadastro OTH015), numerólogo, também é adepto do Candomblé e tem como Orixá Iansã, Deusa dos Raios, a qual é regente da vida dele: “Em Iansã, deposito toda fé e confiança! “ – palavras de Alyryo.

Aqui, ele esclarece sobre aspectos desta Entidade, através de artigo publicado na revista 'A História dos Orixás' páginas 50 a 52(Clique aqui para acessá-las).

Aqueles que tiverem dúvidas, curiosidades ou mesmo questionamentos sobre assuntos inerentes a:

Numerologia,

Cartomancia,

Jogo de Búzios(IFÁ),

Psicanálise Holística,

Terapia de Vidas Passadas(TVP)

Poderão dirimi-las em contato direto com este médium-vidente pelo e-mail:'alyriobrasileiro@yahoo.com.br'ou pelo tel: (71) 8158.4582 sendo estes também os contatos para marcação de consultas
( que também podem ser feitas por telefone)

Ao Internauta:

Este blog é um canal aberto entre mim e o público em geral. Para que possamos nos comunicar e discutir sobre temas vários como o Candomblé, religião da qual sou adepto a 27 anos.
Nele também estão postadas reportagens feitas comigo pela imprensa baiana e paulista aos quais falo um pouco sobre o meu trabalho como terapeuta e como médium, além de contar como tudo começou já na minha infância.
Espero poder contar com a colaboração de todos os internautas que o acessarem deixando seus comentários sobre as minhas postagens para que possamos crescer juntos em experiências e fazer novas amizades.
Em tempo, convido aqueles que desejarem conhecer mais sobre o meu trabalho que façam contato pelas vias aqui divulgadas.
Enfim, que este seja nosso ‘espaço virtual’ onde poderemos manter contato e estreitarmos nossos laços de amizade! Sejam todos bem vindos!"

Obrigado Amigos! Ultrapassamos a marca dos 1.000 acessos!

Ultrapassamos a marca de 1.000 acessos ao nosso Blog! Dado este pontuado desde o seu lançamento em Junho de 2010 e nesta oportunidade gostaria de agradecer o apoio de todos os que o acessaram e que nos deram retorno das postagens que realizei durante o período.

Fico muito feliz com a aceitação do trabalho, o que me estimula a prosseguir usando este canal de comunicação com o mundo, onde posso expressar minha ideias e opiniões ao tempo em que também me possibilita saber o que pensa o público que me procura tanto presencial quanto virtualmente. Fora a oportunidade de falar sobre a minha religião o Candomblé, da qual sou adepto a 27 anos na qual ponho toda fé e dela me considero um instrumento de ajuda para aqueles que dela tanto necessitam.

Gostaria que me enviassem sugestões de temas que vocês gostariam de ver comentados por mim no blog e que também me ajudem a divulgar a existência desta nossa via de comunicação.

Mais uma vez agradeço as visitas, críticas e sugestões: através destas é que crescemos e aprendemos sempre! Que Olorum ilumine os nossos caminhos!

Seguidores