sábado, 25 de dezembro de 2010

A FESTA É NOSSA!

Tempo de Natal, de mesa farta e de deliciosas iguarias. Tempo de correr aos shoppings, quase que diariamente, para compra de presentes e de indumentárias que garantirão um belo visual para as confraternizações. Sim, porque confraterniza-se no trabalho, na escola e em tantos outros ambientes de convívio social dos quais participamos.
Colaboramos com as caixinhas das portarias, do bar da esquina, da academia. Como ficamos solícitos e prestativos nos dias que antecedem o Natal! Será porque somos envolvidos pela 'atmosfera natalina' levados pela mídia ou mesmo pela sugestão das vitrine enfeitadas das lojas!?
Brincamos de Amigo Secreto/Oculto e agora com novas versões , até mesmo a do 'Inimigo Oculto', a do 'Amigo Sacana': O importante é presentear! Mesmo que seja no intuito de 'curtir com a cara' do presenteado. Daí, a corrida ao comércio para comprar mais e mais presentes. Resultado: filas! Para pagar, para estacionar, para lanchar e por aí vai. Como já vivemos numa época comumente de estresse, temos mais um motivo para nos estressar.
Procuramos médicos, dentistas, costureiras e … não achamos ninguém! Talvez, retidos na fila do supermercado que está vendendo o peru em seis vezes sem juros. Mas, tudo deverá estar perfeito para a noite da ceia: presentes comprados e embalados, casa devidamente ornamentada, visual impecável. Afinal para isso que nos é pago o décimo terceiro salário. Para que possamos, sem aperto, comemorarmos o Natal e ainda podermos comprar aquele TV de LCD.
Mas, seria este o verdadeiro espírito no Natal? A palavra vem de 'natalício' que significa 'nascimento', 'origem', no caso Nascimento de Jesus e o presente significa a oferta dos reis Magos ao Jesus Menino como forma de desejar-lhe uma existência terrena plena de fartura e abundância. Daí a ideia da mesa farta que para muitos insita a 'gula'.
Será que esta corrida de caça ao presente é com este intuito!? Ao presentearmos alguém seria no sentido de desejar a este abundância em sua vida? Talvez não fosse de melhor alvitre compartilharmos a nossa mesa farta com aquele que não têm o pão de cada dia a sua mesa e que sofre com o estígma da fome?
Amigos: Façamos por onde relacionarmos bem a todo momento e a todo tempo, procurando assim minimizar a violência reinante; que pratiquemos o bem ao nosso próximo incondicionalmente sem esperarmos nada em troca; que a partilha do pão de cada dia com aquele outro menos afortunado seja um prática constante. Agindo assim teremos um Natal a cada dia e seremos recompensados pela prática do Bem. A todos, votos de um Feliz Natal de Paz e Harmonia junto aos seus familiares e amigos. Grande abraço! 

sábado, 18 de dezembro de 2010

A consulta de Ifá

O culto aos orixás no Candomblé resume-se ao processo de acumular e transmitir, Axé para os filhos-de-santo em três níveis: o ciclo anual de ‘firmeza’ da casa, o ciclo mensal de realimentação energética dos fetiches e dos abôs, e o ciclo diário das obrigações individuais decorrentes da iniciação.

No centro de todas essas relações definidas no candomblé está Ifá, o Orixá da adivinhação. O jogo oracular mais comum é constituído por l6 búzios ou Opelés (pequenas conchas). O Zelador de Santo agita os búzios nas mãos e lança-os dentro de um círculo, formado por colares de diversos Orixás. O búzio pode cair ‘aberto’ ou ‘fechado’, ou seja, com a sua face onde há uma fenda ou com o lado liso. Cada uma dessas quedas é uma manifestação de um orixá e tem um significado próprio, já que, conforme a ordenação resultante, se pode determinar qual dos Orixás está a responder.
Todos os aspectos da vida são passíveis de codificação por cada um dos orixás que se manifestam no jogo. Os deuses tornam-se assim o princípio de classificação dos acontecimentos: cada um governa um determinado tipo de acontecimento. Além da ordenação dos búzios (abertos e fechados), que determina a entidade que preside a cada resposta, a maneira individual como os búzios se distribuíram geometricamente no espaço – também é fundamental para a leitura, pois corresponde à ‘organização energética’ do inconsciente do indivíduo frente a uma força matriz. Ao conjunto dos dois fatores, ordenação e configuração, chama-se Odú ou sina.
A ordenação aberto-fechado determina qual o Orixá que está falando, e a configuração espacial dos búzios indica o que ele está dizendo. Depois de sucessivas jogadas, chega-se então a uma espécie de diagnóstico do que está acontecendo com o consulente, não apenas em relação aos seus Orixás tutelares, ‘os donos da sua cabeça’, mas também como outras entidades estão onfluindo positiva ou negativamente na sua vida, quais são as suas tendências recorrentes e as possibilidades diante do destino. Geralmente são propostos trabalhos e obrigações para o reequilíbrio energético.
As respostas são interpretadas através de lendas e das histórias dos orixás – que são transmitidas de geração em geração. Logo, ‘jogar búzios’ requer não só bastante intuição para interpretar as diferentes configurações formadas pelas forças-matrizes, mas também um conhecimento do conjunto da tradição mítica dos Orixás e do seu universo simbólico.
Os sacerdotes de Ifá são chamados Babalaós. Eles eram os historiadores orais da cultura Africana. A sua iniciação era muito mais complexa que as outras, pois não envolvia a identificação com um único arquétipo, e o desenvolvimento das suas características na personalidade do iniciando, mas sim o aprendizado de séculos de conhecimento armazenado pelo culto.
Em qualquer dos casos, o oráculo baseia-se nos dezasseis principais Odù (caminhos), através dos quais Orunmila relata as histórias e lendas nas quais os personagens normalmente enfrentam situações semelhantes aquelas expostas pelo consulente. Mas a escolha da história a ser narrada compete à Divindade.
Poderíamos descrever o processo da seguinte forma: Os dezesseis Odù relacionam-se entre si (16 x 16), perfazendo um total de 256 caminhos ou diferentes possibilidades de destino, tratados por Esè.
No momento da consulta, Orunmila indica o Odù que será suficiente para orientar as dúvidas do consulente e esclarece de que forma (positiva ou negativa) tal caminho está influenciando a vida da pessoa.
O Zelador de Santo interpreta então a fala da Divindade, estabelece os pontos principais que devam ser modificados e tratados para resolver o problema do consulente. A partir daí, são definidas as oferendas votivas a realizar para possibilitar a obtenção do que se deseja ou a resolução do problema detectado, bem como aconselhar a respeito de atitudes ou comportamentos que facilitem obter o resultado pretendido.
Os Odù de Ifá são completos e absolutos; cada um deles possui um lado positivo e outro negativo, como o o Ing e o Iang, o masculino e o feminino e assim por diante, tal como tudo o mais existente no Universo.
A você, meu bom internauta, uma excelente semana, coroada de êxitos e felicidades. Antecipadamente votos de um Feliz Natal de Paz e Harmonia em nossos Lares e corações! Forte Abraço!

sábado, 11 de dezembro de 2010

O Natal do século XXI

Lembro-me, claramente dos meus tempos de criança. Ansiávamos pela chegada do dia 25 de Dezembro, mais ainda para transição do dia 24 para 25, quando esperávamos a passagem do Bom Velhinho por nossa casa, para deixar no nosso sapatinho, o presente pedido na carta repassada a ele por nossos pais. Hoje o Natal começa em fins de Outubro, com lojas ornamentadas com motivos natalinos e apelos para que gastemos, antecipadamente, 'o décimo terceiro'.
Na TV, vemos comerciais, com artistas famosos festivamente vestidos de Papai Noel , instigando nosso desejo de compra, usando o carro último tipo ou o apartamento dos nossos sonhos, provocando uma corrida desenfreada as lojas que publicam em seus reclames: Antecipem as suas compras.
O trânsito, por consequência, já começa a formar o caos nos caminhos que levam aos shoppings. Violentos, os condutores cometem atos insanos nos tempos que anunciam a chegada do Salvador a Terra … bem lembrado! Ao que me consta este seria o motivo da comemoração do 25 de Dezembro , o nascimento de Jesus, festa maior da Cristandade. Época de nos redimirmos das nossas faltas e procurarmos nos 'corrigir' para entrarmos 'zerados' no Novo Ano que se anuncia. Creio que tais valores andem meio esquecidos em detrimento a encerramentos, confraternizações, 'amigos secretos e declarados': todos ficam 'bonzinhos' para ganharem uma 'lembrancinha' de outrem. É gentileza para lá, sorrisos para acolá e aos despedirmos de alguém a categórica frase: 'Feliz Natal!'
Nos perdemos em comilanças enquanto muitos não têm nem mesmo para suprir as necessidades básicas da alimentação.
Vivemos o Natal do consumismo e cada vez mais cedo, para que este consumo seja cada vez maior. Vêm se tornando a Festa de quem tem poder aquisitivo. As crianças disputam entre si, ostentando os presentes que ganharam na data e a figura do Bom Velhinho virou objeto de decoração. Escrever cartas para Ele!? 'Que mico!'
Nada contra presentes, desde que sejam trocados como demonstração de afeto e apreço pelo outro e não uma 'recompensa'.
Creio que deveríamos estar nos preparando para celebrar a maior dádiva que a Humanidade já recebeu, ornamentando o nosso coração com o amor ao próximo, presenteando-o com atitudes de compreensão e carinho em nosso dia a dia, praticando atos gentis sem esperar nada em troca, pois é assim que Nosso amado Pai procede conosco. E o mais importante: ISSO NÃO CUSTA NADA! E para tal não é necessário esperar pelo 'décimo'. Abraços e até a próxima postagem!

sábado, 4 de dezembro de 2010

IANSÃ, Minha Santa Bárbara, Epa hey!

Falar sobre Iansã é para mim, antes de tudo um prazer pois ela é a dona da minha vida , senhora do meu destino. Manifestou-se em mim, aos cinco nos de idade , durante uma procissão em homenagem a Santa Bárbara e minha mãe, que me levou ao evento, pensou que eu estava passando mal. Os anos se passaram e desde que me dediquei ao culto do Candomblé a tenho como regente de minha cabeça. Bem dita sempre seja Ela e que a mesma nos proteja e guie nossos caminhos! Epa hey, Iansã!
O Níger, o maior e mais importante rio da Nigéria, espalha-se pelas principais cidades através de seus afluentes assim tornou-se conhecido com o nome Odò Oya, já que ya, em iorubá, significa espalhar. Nele habita mulher mais poderosa da África negra, a mãe dos nove orum, dos nove filhos, do rio de nove braços, a mãe do nove, Ìyá Mésàn, Iansã (Yánsàn).
Mesmo sendo saudada como a deusa do rio Níger, está relacionada com o fogo. Indica a união de elementos contraditórios, pois nasce da água e do fogo, da tempestade, de um raio que corta o céu no meio de uma chuva, é a filha do fogo-Omo Iná.
A tempestade é o poder manifesto de Iansã, rainha dos raios, das ventanias. Guerreira por vocação, sabe ir à luta e defender o que é seu, a batalha do dia-a-dia é a sua felicidade. Ela sabe conquistar, na guerra e no amor. Mostra o seu amor e a sua alegria contagiantes na do mesmo jeito que exterioriza a sua raiva, o seu ódio. Assim, passou a identificar-se muito mais com todas as atividades masculinas, que são desenvolvidas fora do lar; portanto não aprecia os afazeres domésticos, rejeitando o papel feminino tradicional. Iansã acorda de manhã, beija os filhos e sai em busca do sustento. Isso não a afasta das características próprias de uma mulher sensual, fogosa, ardente; ela é extremamente feminina e o seu número de paixões mostra a forte atração que sente pelo sexo oposto. Iansã (Oyá) teve muitos homens e verdadeiramente amou todos. Graças aos seus amores, conquistou grandes poderes e tornou-se orixá.
Tornou-se mulher de quase todos os orixás. Ela é arrebatadora, sensual e provocante, mas quando ama um homem só se interessa por ele, portanto é extremamente fiel e possessiva. Porém, a fidelidade de Iansã não está necessariamente relacionada a um homem, mas às suas convicções e aos seus sentimentos.
Algumas passagens da história de Iansã relacionam-na com antigos cultos agrários africanos ligados à fecundidade, e é por isso que a menção aos chifres de novilho ou búfalo, símbolos de virilidade, surgem sempre nas suas histórias. Iansã é a única que pode segurar os chifres de um búfalo, pois essa mulher cheia de encantos foi capaz de transforma-se em búfalo e tornar-se mulher da guerra e da caça.
Oyá é a mulher que sai em busca do sustento; ela quer um homem para amá-la e não para sustentá-la. Desperta pronta para a guerra, para o seu cotidiano, não tem medo do batente: luta e vence.
Para nós, os filhos de Iansã (Oyá), viver é uma grande aventura. Enfrentar os riscos e desafios da vida são nossos prazeres , tudo é festa. Escolhemos nossos caminhos mais por paixão do que por reflexão. Em vez de ficar em casa, vamos à luta e conquistamos o que desejamos, tal qual nossa mãe.
Somos atirados, extrovertidos e diretos, que jamais escondemos nossos sentimentos, seja de felicidade ou de tristeza. Entregamo-nos a súbitas paixões e ... de repente esquecemos, partimos para outra, e o antigo parceiro é como se nunca tivesse existido. Isso não é prova de promiscuidade, pelo contrário, somos extremamente fiéis à pessoa que amamos, mas só enquanto amamos.
Tendemos a ser autoritários e possessivos; o nosso gênio muda repentinamente sem que ninguém esteja preparado para essas guinadas. Os relacionamentos longos só acontecem quando controlamos os nossos impulsos, aí, somos capazes de viver para o resto da vida ao lado da mesma pessoa, que deve permitir que nos tornemos os senhores da situação.
Em suma, nosso arquétipo é de pessoas audaciosas, poderosas e autoritárias, pessoas que podem ser fieis, de uma lealdade absoluta em certas circunstancias, mas que em noutros momentos, quando contrariadas em seus projetos e empreendimentos, deixam-se levar pelas manifestações da mais extrema raiva. Pessoas, enfim, cujos temperamentos sensual e voluptuosos podem levá-las a aventuras amorosas extra conjugais, múltiplas e frequente, sem reservas de decência, mas que não as impedem de continuarem muito ciumentas com seus parceiros por elas mesma enganados. Diria que … apaixonantes! (Risos!)
A festejaremos no dia 04 de dezembro, enaltecendo suas cores: Castanho Coral, Vermelho, Rosa , sendo seu dia da semana a quarta-feira, no sincretismo é personalizada como Santa Bárbara. Louvada seja Ela, senhora dos raios e tempestades, rainha das paixões, dona do meu coração e da minha cabeça! Epa Hey!

domingo, 28 de novembro de 2010

Livre-arbítrio


Abordamos este tema, após explanar  sobre o Bem e o Mal (vide-postagem anterior) . Foi dito que, no sentido moral, o mal  se fundamenta no livre-arbítrio. Enquanto este não existia, o homem não cometia o mal, porque não tinha responsabilidades pelas suas ações. Conforme nos foi dado permissividade, tivemos que fazer escolhas e com isso errar e consequentemente praticar o mal. Daí, a ideia de pecado do Cristianismo.
“Livre-arbítrio”, define-se como a capacidade dada ao homem, por ocasião de sua criação,  para escolher entre o bem e o mal, entre agradar a Deus ou desobedecê-Lo.
Falemos, então,  acerca de uma faculdade natural e inalterada no homem,  chamada de “livre agência” ou “capacidade de escolha”.
Existe no homem uma capacidade tal que lhe dá condições de fazer escolhas, de acordo com o que lhe é agradável. Ele sempre e em qualquer condição, faz as suas escolhas, de tal forma que  é responsabilizado por elas. “Essa capacidade ou aptidão é um aspecto inalienável da natureza humana normal”. Ele é livre para escolher o que lhe agrada, de acordo com suas inclinações.
O homem é livre para escolher, sendo que nada externamente pode forçar suas escolhas. Isto é essencial no homem, faz parte da sua criação a imagem e semelhança de Deus. “À parte dela, não pode haver qualquer responsabilidade, confiança ou planejamento. À parte dela, não pode haver educação, religião ou adoração. À parte dela, não pode haver qualquer arte, ciência ou cultura. A capacidade de escolher é uma condição sine qua non de toda a vida humana”.
Em qualquer época o homem é livre para agir conforme sua condição, sua natureza, ou seja, ele sempre faz o que quer conforme a sua inclinação.
Enfim, na criação o homem recebeu a capacidade  de fazer escolhas e possuía também a liberdade de fazer escolhas certas, ou seja podia escolher agradar a Deus, de tal forma que pudesse cair desse estado em que foi criado. O homem foi criado totalmente santo, integro, contudo podia escolher algo que fosse contrário a essa sua natureza. E foi isso o que aconteceu, ou seja, escolheu pecar. “No princípio, portanto, o homem não era um ser neutro, nem bom nem mau, mas um ser bom que era capaz de, com a ajuda de Deus, viver uma vida totalmente agradável a Deus”.
Neste sentido, até antes de sua queda podemos dizer, o homem possuía o livre-arbítrio, contudo com a desobediência, ele perdeu tal capacidade, sendo que não mais consegue fazer escolhas certas, não consegue agradar a Deus. Suas escolhas serão sempre determinadas pelo estado em que caiu. Suas escolhas serão de acordo com a sua natureza.
O homem, após a queda não possui mais o livre-arbítrio, não pode mais escolher algo que é contrário a sua natureza pecaminosa. Nega-la é o mesmo que renunciar a Palavra de Deus neste assunto.
É importante enfatizar que, o homem mesmo neste estado, continua ser um agente livre, ou seja, ele exerce “a livre agência”. Isto quer dizer que continua a fazer as suas escolhas, contudo, não escolhe nada que seja contrário a sua natureza pecaminosa . O homem nunca é forçado a fazer algo que não deseja. Faz sempre aquilo que lhe traz prazer.
Assim, é o homem quem escolhe continuar no pecado, contudo, não tem capacidade, por causa do seu próprio pecado e maldade, para escolher coisa diferente a não ser que suas inclinações e vontade sejam transformadas por Deus, recebendo habilidade para escolher o que é bom e reto. Por isso o homem é sempre responsabilizado por seus atos, pois, sempre escolhe o que lhe agrada.
Quando Deus em sua livre graça, resolvendo salvar o homem, age em seu coração, pela ação do Espirito lhe implanta vida, o que acontece é que o homem recebe habilidade para escolher o que é reto e bom. A Bíblia descreve este ato, como o da libertação de um escravo, dando-lhe liberdade para escolher o que é agradável a Deus, contudo, muito embora liberto, pode ainda inclinar-se para o pecado. O homem passa a desejar o que é bom. Isto não significa que não deseje o pecado, pois, ainda permanece nele a imperfeição.
Estaria o homem regenerado na mesma condição de Adão antes da queda, ou seja, teria ele agora novamente o livre-arbítrio? Não, pois, não voltamos a ser como era Adão. Ele era perfeitamente reto, santo, e podia escolher algo que fosse contrário ao que era a sua natureza. O homem regenerado, recebe liberdade para escolher o que é bom, contudo, não tem o livre arbítrio, pois não escolhe algo contrário ao que ele é. Ou seja, quando escolhe o que é bom, faz isso de acordo com a sua nova natureza criada em Cristo e quando escolhe pecar, faz isso, conforme a sua natureza  carnal. Esta é a luta que reside dentro do homem restaurado.
 É importante ressaltar que, sendo regenerado o homem recebe habilidade, que antes não tinha, para escolher a Deus.
Nunca voltaremos a ser como Adão, haja vista que no futuro, estaremos à frente dele, pois, ele quando criado não gozava de uma perfeição permanente, ou seja, podia cair de tal estado. Ele podia escolher algo contrário a sua natureza, contudo, se tivesse sido obediente poderia Ter alcançado a perfeição permanente. Teremos perfeita liberdade para servir a Deus. Continuaremos a ser agentes livres, pois, escolheremos o que estará de acordo com a nossa natureza perfeita. Nunca escolheremos pecar, pois, não haverá tal possibilidade, então, nunca mais teremos o livre-arbítrio.Que tenhamos uma excelente semana, um abraço!

sábado, 20 de novembro de 2010

O Bem e o Mal

 "Eu guardo em mim/dois corações/um que é do mar/um das paixões/um canto doce/um cheiro de tem...poral/eu guardo em mim/um deus, um louco, um santo/um bem e um mal" - Danylo Caymmi

Quando falamos sobre o Bem, nos referimos a algo que é com o que deve ser, ou seja, tudo o que está de acordo com a lei de Deus. Enquanto que quando nos referimos ao Mal  qualificamos como tudo o que constitui obstáculo ou contradição à perfeição que o homem é capaz de conceber, e, muitas vezes, de desejar. Podemos ainda dividí-lo em: mal metafísico(imperfeição); mal físico (sofrimento); mal moral ("pecado").Logo, tudo o que não está de acordo com a lei de Deus.
O problema do bem e do mal está relacionado com as leis de Deus e o progresso alcançado pelo Espírito ao longo de suas várias encarnações.
Deus é o criador do mundo e de tudo o que existe, também, erroneamente, pensa-se que Ele é o criador do mal. Baseados nesta premissa, seríamos forçados a crer que existem dois deuses, brigando reciprocamente. Porém, cremos na existência de um único Deus, supremo, causa primária de todas as coisas. Como um de seus atributos é ser infinitamente bom, Ele não poderia conter a mais insignificante parcela do mal. Assim, Dele não pode provir a origem do mal.
O mal existe e tem uma causa. Existindo males físicos e morais. Há os que não se pode evitar (flagelos) e os que se podem evitar (vícios.) Porém, os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que provêm do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, de seus excessos em tudo. No que tange aos flagelos naturais, o homem recebeu a inteligência e com ela consegue amenizar muito desses problemas.
No sentido moral, o mal se fundamenta no livre-arbítrio. Enquanto o livre-arbítrio não existia, o homem não cometia o mal, porque não tinha responsabilidades pelas suas ações. Conforme nos foi dado permissividade, tivemos que fazer escolhas e com isso errar e conseqüentemente praticar o mal.
Jesus dizia que o joio deveria crescer junto com o trigo. Contudo, no momento aprazado separaria um do outro. O trigo representa o bem; o joio, o mal. Os dois devem crescer juntos, ou seja, não há dualismo entre um e outro, pois o mal é sempre visualizado como a ausência do bem. Ele só surge quando o bem não se fez presente. É como o ladrão que rouba. Ele só rouba porque não houve antes uma prevenção.
Resistir ao mal significa suportar pacientemente a sua presença, mas sem perder de vista o bem. Haverá tentações, desânimo, mal-entendidos e incompreensões alheias. Nada disso deve tirar o ensejo de continuarmos firmes em nossa jornada evolutiva, pois "a seu tempo ceifaremos se não houvermos desfalecidos".
Sejamos caridosos e não nos furtemos de praticar atos de caridade . Auxiliemos ao nosso próximo, não por uma espécie de convenção social, mas por iniciativa própria, vinda do coração. Tenham uma boa semana! Abraço!

domingo, 14 de novembro de 2010

UMA BREVE EXPLANAÇÃO SOBRE O CANDOMBLÉ

UMA BREVE EXPLANAÇÃO SOBRE O CANDOMBLÉ

Serve de designação para diversos cultos, intitulados Nações em que há o cultivo dos orixás. Sendo de origem totêmica e familiar, é uma das religiões afro-brasileiras praticadas principalmente no Brasil, pelo chamado povo do santo, mas também em outros países como UruguaiArgentinaVenezuelaColômbiaPanamáMéxicoAlemanhaItáliaPortugal e Espanha. Predominante na Bahia, o candomblé é a religião da nação africana Iorubá. Têm como principal divindade Olorum, deus supremo, criador de Obatalá (o céu) e de Odudua (a Terra). Da união dessas divindades nascem Iemanjá (as águas) e Aganju (a terra firme), que, por sua vez, são os pais de Orungã (o ar).
.Os orixás são divindades do candomblé ligadas a forças da natureza e a certos aspectos da vida humana. O principal é Oxalá, uma manifestação de Olorum. Algumas divindades são associadas aos santos católicos: Ogum, deus do ferro e da guerra, é Santo Antônio ou São Jorge; Omolu, deus das doenças, é São Lázaro; Oxumarê, a serpente, é São Bartolomeu; Oxóssi, deus da caça, é São Jorge; Xangô, deus do trovão, é São Jerônimo. As três mulheres de Xangô são Iansã, deusa dos ventos e das tempestades, associada a Santa Bárbara; Oxum, deusa das fontes e da beleza, a Nossa Senhora das Candeias; e Obá, deusa dos rios. O panteão do candomblé inclui também o Exu, mensageiro dos deuses, entidade de transformação associada ao mal e à figura do demônio.
Os cultos às divindades são realizados nos terreiros e dirigidos por um guardador de santo (babalorixá ou ialorixá). Alguns rituais com oferendas de animais sacrificados aos orixás são restritos aos iniciados. Nos cultos abertos são feitas oferendas e consultas aos orixás através dos búzios jogados pelo guardador de santo. O culto é marcado pelos diferentes ritmos dos atabaques e cantos e se diferenciam de acordo com orixá cultuado.
 Restringido , a início a população de negros escravizados, proibido pela igreja católica, e criminalizado mesmo por alguns governos, o candomblé prosperou nos quatro séculos, e expandiu consideravelmente desde o fim da escravatura em 1888. Hoje, têm adeptos em várias  classes sociais e muitos templos. Em levantamentos recentes, aproximadamente 3 milhões de brasileiros (1,5% da população total) declararam o candomblé como sua religião. Na cidade de Salvador existem 2.230 terreiros registrados na Federação Baiana de Cultos Afro-brasileiros e catalogado pelo Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBA, (Universidade Federal da Bahia) Mapeamento dos Terreiros de Candomblé de Salvador. Mas, na cultura brasileira as religiões não são vistas como mutuamente exclusivas, e muitos povos de outras crenças religiosas — até 70 milhões, de acordo com algumas organizações culturais Afro-Brasileiras — participam em rituais do candomblé, regularmente ou ocasionalmente. Orixás do Candomblé, os rituais, e as festas são agora uma parte integrante da cultura e uma parte do folclore brasileiro.




domingo, 7 de novembro de 2010

Nanã, Deusa dos Mistérios (Nossa Senhora Sant'Ana)

Entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, existe um portal. É a passagem, a fronteira entre a vida e a morte. Sua regente: Nanã. Senhora da morte, geradora de Iku (morte). Deusa dos pântanos e da Lama. Mãe  da varíola, regente das chuvas, Nanã é de origem Jeje, da religião da Dassa Zumê e Savê, no Daomé, hoje conhecida com República de Benin. Protege a barriga, o útero, a parte genital feminina, protege as mulheres gestantes. Seu dia da semana é Terça-feira, de cores: Anil, Branco e Roxo, ostenta um bastão de hastes de palmeira (Ibiri) e usa os bradjas (contas feitas com búzios, dois a dois, e cruzados nos peitos, indicando ascendente e descendente) , dos elementos Terra, Água, Lodo. Senhora da Vida, Morte, Saúde e Maternidade. Sua comida: Aberem (milho torrado e pilado do qual é feito um fubá com açúcar ou mel), mugunzá. Salubá, Nanã!
Deusa dos mistérios, é uma divindade de origem simultânea à criação do mundo, pois quando Odudua separou a água parada da terra, no ponto de contato desses dois elementos formou-se a lama dos pântanos, local onde se encontram os maiores fundamentos de Nanã.
Considerada a Iabá (orixá feminina) mais velha, foi anexada pelos iorubanos nos rituais tal a sua importância. Nanã é a possibilidade de se conhecer a morte para se ter vida. É agradar a morte, para viver em paz. Nanã é a mãe, boa, querida, carinhosa, compreensível, sensível, bondosa, mas que, irada, não reconhece ninguém.
Nas casas de Santo, Nanã é extremamente cultuada e temida, pelo poder  que ostenta. É ela a mãe da varíola  e se faz presente  quando existe epidemia da doença.
Senhora de muitos búzios, Nanã sintetiza em si morte, fecundidade e riqueza. Designa pessoas idosas e respeitáveis e, para os povos Jeje, da região do antigo Daomé, significa “mãe”. Nessa região, onde hoje se encontra a República do Benin, Nanã é muitas vezes considerada a divindade suprema e talvez por essa razão seja descrita como um orixá masculino.
Sendo a mais antiga das divindades das águas, ela representa a memória ancestral do nosso povo: é a mãe antiga (Iyá Agbà). É mãe dos orixás Iroko, Obaluaiê e Oxumaré, mas por ser a deusa mais velha do candomblé é respeitada como mãe por todos os outros orixás.
Ela é a origem e o poder. A mais temida de todas os Orixás. A mais respeitada. A mais velha, poderosa e séria. Nanã é o encantamento da própria morte. Seus cânticos são súplicas para que leve Iku – a morte – para longe e quem  permite que a vida seja mantida. Entender Nanã é entender o destino, a vida e a trajetória do homem sobre a terra, pois Nanã é a História.
Nanã é a dona do axé por ser o orixá que dá a vida e a sobrevivência, a senhora dos ibás que permite o nascimento dos deuses e dos homens.
Nanã pode ser a lembrança angustiante da morte na vida do ser humano, mas apenas para aqueles que encaram esse final como algo negativo. Na verdade, apenas as pessoas que têm o coração repleto de maldade e dedicam a vida a prejudicar o próximo se preocupam com isso. Aqueles que praticam boas ações, só esperam da vida dias cada vez melhores e têm a morte como algo natural e inevitável. A sua certeza é a imortalidade da sua essência.
Nanã, a mãe maior, é a luz que nos guia, o nosso cotidiano. Conhecer a própria vida e o próprio destino é conhecer Nanã, pois os fundamentos dos orixás e do Candomblé estão ligados à vida. A nossa vida é o nosso orixá.
É na morte, condição para o renascimento e para a fecundidade, que se encontram os mistérios de Nanã. Respeitada e temida, Nanã, deusa das chuvas, da lama, da terra, juíza que castiga os homens faltosos, é a morte na essência da vida.
Os filhos de Nanã são pessoas bondosas, simpáticas, extremamente limpas e com temperamento artísticos. Extremamente calmas, tão lentas no cumprimento das suas tarefas que chegam a irritar. Agem com benevolência, dignidade e gentileza. As pessoas de Nanã parecem ter a eternidade à sua frente para acabar os seus afazeres; gostam de crianças e educam-nas com excesso de doçura e mansidão, assim como as avós. São pessoas que no modo de agir e até fisicamente aparentam mais idade.
Podem apresentar precocemente problemas de idade, como tendência a viver no passado, de recordações, apresentar infecções reumáticas e problemas nas articulações em geral.
Embora se atribua a Nanã um carácter implacável, os seus filhos têm grande capacidade de perdoar, principalmente as pessoas que amam. São respeitáveis, um comportamento digno da Grande Deusa do Daomé. Filhos de Nanã podem ser teimosos e “ranzinzas”. Porém agem com segurança e majestade. As suas reações bem equilibradas e a pertinência das suas decisões mantêm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça.
É a força da Natureza que o homem mais teme, pois ninguém quer morrer! Ela é a Senhora da passagem desta vida para outras, comandando o portal mágico, a passagem das dimensões.
Ela é a chuva, a tempestade, a garoa. O banho de chuva, por isso, é uma espécie  de lavagem do corpo, homenagem que se faz à Nanã, lavando-se no seu elemento. Por isso, não devemos blasfemar contra a chuva, que muita vezes estraga passeios, programas, compromissos, festas e acontecimentos. A chuva é a parte da vida, que vai irrigar a terra, Se ela cai demais, é porque a força da Natureza, Nanã, está insatisfeita.
Cultuemos Nanã, senhora da vida , nosso início e nosso fim, digna de respeito e veneração. Pelo sincretismo, é Nossa Senhora Sant'Ana, Mãe da Virgem Maria, portanto, avó de Jesus Cristo, nosso Salvador. Que ela abra nossos caminhos e nos guarde de todo mal! Salubá, Nanã!

sábado, 30 de outubro de 2010

CURAS COMO MILAGRES DA FÉ

As curas, do ponto de vista espiritual, são os milagres da fé: Gotas d'água batendo na pedra dos erros do passado. Muitos médicos e cientistas já estão aceitando um novo conceito de saúde. Alguns ainda relutam em aceitar a realidade do espírito imortal, mas, aos poucos, a ciência vai admitindo que as práticas espirituais fazem bem ao organismo. O crescimento dos estudos no Brasil e em países do primeiro mundo, sobre como a fé pode influenciar positivamente a saúde, se deve a observação clínica de um considerável número de médicos sobre os impactos da religiosidade na vida humana. Também leva-se em consideração a grande demanda de pacientes que vem buscando uma abordagem terapêutica que respeite e leve em conta o lado espiritual. Uma medicina que além de cuidar da doença física, se preocupe com a alma e suas dores.
Pessoas que oram regularmente e possuem práticas religiosas, apresentam melhor sistema imunológico, ou seja, adoecem menos, e quando doentes, superam melhor a enfermidade. Estudos também comprovam que pessoas com fé reduzem a incidência de doenças cardiovasculares, câncer, pressão alta, entre outros males, além do tempo de sobrevivência maior no caso de doenças graves, como câncer e HIV. Todo esse processo acontece, porque a fé traz uma sensação de paz interior, refletindo no processo de saúde do organismo como um todo. Muitas pesquisas mostram que a fé faz bem a saúde pelo fato dessas pessoas lidarem melhor com as dificuldades e suportarem com mais coragem as dores e o tratamento. A abordagem médica, apesar do assunto espiritualidade estar começando a ser inserido nas universidades, há uma grande dificuldade ainda na integração da religião com a ciência por parte dos profissionais da área de saúde. Outro ponto a ser ressaltado é que os médicos que atuam hoje não receberam treinamento na faculdade de como abordar fatores espirituais no tratamento. Embora alguns pacientes queiram que os médicos abordem a religião ou espiritualidade, outros preferem manter em separado; o médico deve sempre respeitar a opção, religiosa ou não, do paciente. Os médicos podem falar com seus pacientes sobre o assunto, mas tendo sempre sensibilidade de como abordar a questão. O médico deve fazer um histórico espiritual do paciente, mas não pode forçar se o paciente não tiver nenhuma prática religiosa, caso contrário, sua atitude se torna antiética. A grande dúvida dos médicos é como abordar a questão caso não tenha preparação para tanto. Estudos comprovam que a fé pode fazer bem a saúde e proporciona menos comportamentos autodestrutivos, tais como suicídio, abuso de drogas e álcool e menos estresse. Outro dado relevante é que a oração, meditação e práticas religiosas modificam a produção de substâncias do cérebro que atuam sobre as emoções, e consequentemente, atingem o sistema imunológico.
O equilíbrio entre as necessidades do corpo e da alma pode ser o segredo da boa saúde. A verdade é que as pesquisas avançam nessa área e aos poucos essas modificações estão atingindo a classe médica. Muitos profissionais da área de saúde não acreditam, ainda, no que os olhos não são capazes de ver e a ciência não comprova no momento, mas estão verificando o bem que a fé pode fazer para o organismo.
Jesus, o Médico das Almas, veio trazer a humanidade uma proposta sobre o verdadeiro processo da cura, não apenas a cura do corpo, mas do espírito. Impossível falar sobre medicina da alma sem citarmos Jesus, cujas curas estão sendo investigadas pela ciência.  Ele deixou, em suas passagens e mensagens de amor, a cura do espírito por meio da reforma interior, como a fórmula eficaz de combater a causa que se inicia na alma e se manifesta no corpo físico. Muitos são os casos citados nos evangelhos sobre as curas de Jesus. Tais fenômenos de cura são chamados de milagres pelo fato de serem ainda “inexplicáveis” para a ciência e aparentemente fugirem das leis naturais. Só a compreensão da existência do espírito e das oportunidades de evolução, por intermédio da lei da reencarnação, trazem as respostas para tantos questionamentos. O capítulo XIII do livro A Gênese aborda claramente essa questão e vale a pena ser consultado. O item dois deste capítulo diz: “Os séculos de ignorância foram fecundos em milagres, porque tudo aquilo cuja causa era desconhecida, passava por sobrenatural”. O item dez prossegue, dizendo “Para aqueles que negam a existência do princípio espiritual independente e, por conseguinte, o da alma individual e sobrevivente, toda a natureza está na matéria tangível; todos os fenômenos que se ligam à espiritualidade, são a seus olhos sobrenaturais, e, por conseguinte, quiméricos; não admitindo a causa, não podem admitir o efeito...”Jesus alertou a todos quanto à justiça das aflições e sobre o poder da fé no processo de cura verdadeira. Ele nos disse que a fé transporta montanhas e somente ela pode nos curar: Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daqui para ali, e ela se transportaria, e nada vos seria impossível (São Mateus, cap. XVII. v. de 14 a 20).
Portanto, meu caro leitor, tenha fé em Deus em todos momentos, não só nas adversidades, além de praticar sempre o bem para que seja digno de bons merecimentos. Assim sendo, quando estas baterem á sua porta, o encontrará fortalecido e pronto para enfrentá-la e sair dela vencedor seja ela uma doença ou qualquer outra que se ponha ao seu caminho. Que Olorum abra seus caminhos e o defenda de todo o mal. Bom fim de semana!

sábado, 23 de outubro de 2010

Mediunidade

Mediunidade é a faculdade humana pela qual se estabelecem as relações entre homens e espíritos. Todos a temos em diferentes graus e tipos. Em certos indivíduos mais sensíveis à influência espiritual, esta se apresenta de forma mais ostensiva, enquanto que, em outros, ela se manifesta em níveis mais sutis.
A mediunidade permite sentir e transmitir a influência dos espíritos, propiciando o intercâmbio e a comunicação entre o mundo físico e o espiritual. É uma linha de comunicação entre os encarnados (vivos) e os desencarnados (mortos), permitindo uma percepção de pensamentos, vontades e sentimentos.
Possui uma finalidade de alta importância, pois graças a ela que o homem se conscientiza de suas responsabilidades de espírito imortal. Pela mediunidade, o homem tem a antevisão de seu futuro espiritual e, concomitantemente, das diretrizes de equilíbrio e a oportunidade de refazer o caminho pelas lições que absorve do contato mantido com os desencarnados.
A mediunidade não depende de lugar, idade, sexo ou condição social e moral. Sendo inerente ao ser humano, pode aparecer em qualquer pessoa, independentemente da doutrina religiosa que abrace. A história revela grandes médiuns em todas as épocas e todos os credos.
A ideia da ação dos espíritos sobre os seres encarnados sempre existiu desde as épocas mais remotas da vida humana na Terra. Todas as religiões pregam sobre a ação dos espíritos de forma direta ou indireta e nenhuma nega completamente estas intervenções. Inclusive, criaram dogmas e cerimônias relativas a elas, como promessas (pedir alguma forma de ajuda para um espírito em troca de um sacrifício) e exorcismos (cerimônia religiosa para afastar o “demônio” ou os espíritos maus).
Estamos, mediunicamente, entre dois mundos e em relação permanente com entidades espirituais. Isto se dá porque muitos espíritos habitam os mesmos espaços em que vivemos, muitas vezes nos acompanhando em nossas atividades e ocupações, indo conosco aos lugares que frequentamos, seguindo-nos ou evitando-nos conforme os atraímos ou repelimos.
Vivemos cercados por espíritos e sua influência oculta sobre os nossos pensamentos e atos se faz sentir pelo grau de afinidade que mantivermos com eles. Inúmeros espíritos benfeitores também se comunicam conosco, por via inspirativa ou intuitiva, todas as vezes em que nos dispomos a ser úteis ao nosso próximo.
A Mediunidade é coisa séria e, possuindo-a, devemos procurar suavizar os sofrimentos alheios. Ao desenvolvê-la, lembremo-nos de que ela nos é dada para liquidarmos mais suavemente os pesados “débitos” que contraímos em existências passadas e para servirmos de guia aos irmãos que se encontram mais desajustados espiritualmente. Todavia, ela também pode entrar em desarmonia causando no indivíduo a sensação de cérebro perturbado, de peso na cabeça e ombros, nervosismo, irritabilidade, desassossego, insônia, arrepios (como se percebêssemos passar alguma coisa fria), sensação de cansaço geral, calor (como se encostássemos em algo quente), falta de ânimo para o trabalho e profunda tristeza. Precisamos usar nosso bom senso para percebermos com clareza se os sintomas supra citados são frutos de uma obsessão espiritual, indicando uma mediunidade desequilibrada, ou o resultado de uma auto obsessão, um desequilíbrio nosso mesmo, gerando neuroses e outros tipos de distúrbios. Muitas vezes, a ajuda de um psicólogo, é necessária.
Da mesma forma que a inteligência e as demais faculdades humanas, a mediunidade se desenvolve naturalmente nas pessoas de maior sensibilidade para a captação mental e sensorial de coisas e fatos do mundo espiritual que nos cerca, o qual nos afeta com suas vibrações psíquicas e afetivas, no processo de relação. Ela não se desenvolve de um dia para o outro, logo, devemos ter muita paciência. Sem perseverança, nada se alcança, pois o desenvolvimento exige que sejamos sempre persistentes. Educar e desenvolvê-la é aprender a usá-la. Para que sejamos bem-sucedidos, devemos cultivar virtudes como a bondade, a paciência, a perseverança, a boa vontade, a humildade e a sinceridade. A humildade é a virtude pela qual reconhecemos que tudo vem de Deus e, se faltarmos com a sinceridade no desempenho de nossas funções mediúnicas, mais cedo ou mais tarde sofreremos decepções.
Quando a mediunidade aflorar sem um preparo prévio do médium, é preciso orientá-lo para que os fenômenos se disciplinem e ele empregue acertadamente sua faculdade. Não se deve colocar em trabalho mediúnico aqueles que apresentam perturbações ou que possuam desconhecimento sobre o assunto. Primeiramente, é preciso ajudar a pessoa a se equilibrar no aspecto psíquico.
É fundamental que o médium busque sua reforma íntima com sinceridade. Através de uma compreensão maior acerca da vida, despertando sentimentos como compaixão, respeito, humildade etc, e da prática da caridade. O médium deve ser amigo do estudo e da boa leitura, moderado e cultivar a oração diária, pois ela é um poderoso reforçador espiritual e um excelente exercício de higiene mental. A todos, uma semana de êxitos! Abraço!

Quem sou eu

Minha foto
Pedagogo por formação, terapeuta holístico cuja mediunidade aflorou aos 5 anos de idade e desde então vêm crescendo na sua trajetória de vida voltando-se aos estudos da espiritualidade. Alia a mística e a ciência para ajudar a aqueles que o procuram para auxiliar na transposição de obstáculos que a vida a eles impõe.

Além de terapeuta holístico (registrado na Ordem dos Terapeutas Holísticos do Brasil, sob cadastro OTH015), numerólogo, também é adepto do Candomblé e tem como Orixá Iansã, Deusa dos Raios, a qual é regente da vida dele: “Em Iansã, deposito toda fé e confiança! “ – palavras de Alyryo.

Aqui, ele esclarece sobre aspectos desta Entidade, através de artigo publicado na revista 'A História dos Orixás' páginas 50 a 52(Clique aqui para acessá-las).

Aqueles que tiverem dúvidas, curiosidades ou mesmo questionamentos sobre assuntos inerentes a:

Numerologia,

Cartomancia,

Jogo de Búzios(IFÁ),

Psicanálise Holística,

Terapia de Vidas Passadas(TVP)

Poderão dirimi-las em contato direto com este médium-vidente pelo e-mail:'alyriobrasileiro@yahoo.com.br'ou pelo tel: (71) 8158.4582 sendo estes também os contatos para marcação de consultas
( que também podem ser feitas por telefone)

Ao Internauta:

Este blog é um canal aberto entre mim e o público em geral. Para que possamos nos comunicar e discutir sobre temas vários como o Candomblé, religião da qual sou adepto a 27 anos.
Nele também estão postadas reportagens feitas comigo pela imprensa baiana e paulista aos quais falo um pouco sobre o meu trabalho como terapeuta e como médium, além de contar como tudo começou já na minha infância.
Espero poder contar com a colaboração de todos os internautas que o acessarem deixando seus comentários sobre as minhas postagens para que possamos crescer juntos em experiências e fazer novas amizades.
Em tempo, convido aqueles que desejarem conhecer mais sobre o meu trabalho que façam contato pelas vias aqui divulgadas.
Enfim, que este seja nosso ‘espaço virtual’ onde poderemos manter contato e estreitarmos nossos laços de amizade! Sejam todos bem vindos!"

Obrigado Amigos! Ultrapassamos a marca dos 1.000 acessos!

Ultrapassamos a marca de 1.000 acessos ao nosso Blog! Dado este pontuado desde o seu lançamento em Junho de 2010 e nesta oportunidade gostaria de agradecer o apoio de todos os que o acessaram e que nos deram retorno das postagens que realizei durante o período.

Fico muito feliz com a aceitação do trabalho, o que me estimula a prosseguir usando este canal de comunicação com o mundo, onde posso expressar minha ideias e opiniões ao tempo em que também me possibilita saber o que pensa o público que me procura tanto presencial quanto virtualmente. Fora a oportunidade de falar sobre a minha religião o Candomblé, da qual sou adepto a 27 anos na qual ponho toda fé e dela me considero um instrumento de ajuda para aqueles que dela tanto necessitam.

Gostaria que me enviassem sugestões de temas que vocês gostariam de ver comentados por mim no blog e que também me ajudem a divulgar a existência desta nossa via de comunicação.

Mais uma vez agradeço as visitas, críticas e sugestões: através destas é que crescemos e aprendemos sempre! Que Olorum ilumine os nossos caminhos!

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