Na semana passada a polícia carioca comemorou a prisão do traficante Nem (Antônio Francisco Bonfim Lopes) que em seis anos instituiu um verdadeiro império das drogas na favela da Rocinha. Segundo relatos do site da revista VEJA (http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/prisao-de-nem-e-oportunidade-para-policia-do-rio-depurar-seus-quadros ) Nem, comandava um verdadeiro império de drogas e corrupção.
Antes de tudo, deve se louvar a hombridade dos policiais que realizaram a prisão do traficante, demonstrada ao rejeitar a propina proposta por ele e seus comparsas no valor de um milhão de reais para libertar o facínora. Nos tempos atuais, onde prepondera o interesse pelo enriquecimento ilícito e diante das dificuldades financeiras que cada um enfrenta, rejeitar tamanha quantia chega a ser um ato de nobreza , de caráter e de respeito pela farda a qual envergam no seu dia a dia. Aqui fica registrado os parabéns a esses homens, exemplo a ser seguido por todos os elementos da sociedade. São de elementos semelhantes a estes que a nossa polícia anda carente.
Segundo o noticiado na imprensa, Nem era um homem de bem, ingressando para o mundo do crime ao se endividar junto ao traficante Lulu, líder do tráfico na Rocinha na época, para pagar o tratamento de saúde de sua filha. Para pagar a dívida de cinquenta mil reais, Nem deveria traficar pela favela, mas este acabou fazendo carreira no crime e até mesmo a suceder Lulu na liderança do tráfico.
Meu caro leitor, refletindo sobre a vida do perigoso traficante, deparamos com um caso cinematográfico, inspirador para escritores de obras de ficção que envolvem casos policiais tão em moda hoje em dia: Um homem simples e sem recursos, sem se quer ter diploma universitário, que vive do suor do seu rosto, se vê em apuros financeiros e, sem ter a quem recorrer para salvar a vida de uma de suas filhas, procura pelo líder da comunidade a qual pertence e contrai uma dívida vultosa a qual pagaria com o trabalho ilícito que, uma vez realizado o projeta no mundo do crime, fazendo este ascender socialmente na comunidade a qual pertence chegando a posição de líder, mas que depois de incessantes tentativas da polícia finalmente é preso …. comovente não!?
Creio estarmos diante de um criminoso ao nível do 'Escadinha' dentre tantos outros 'cérebros do crime' os quais não tiveram chance de despontar pelas vias legais e que encontraram no crime a maneira de ascender na vida, custando a nós, cidadãos de bem, arcar com o custo de mantê-los presos em penitenciárias de alto grau de segurança, por ' diárias ' altíssimas, para que tenhamos uma certa tranquilidade , afastando-os do convívio da sociedade. Creio que tal tipo de indivíduo sabe que seu reinado é curto e que o império construído e/ou mantido por ele é volátil tanto quanto éter. Sem falar na tormenta de viver preso numa 'gaiola dourada' cercado de todo o luxo em 'mansões improvisadas' mas sem o que há de melhor na vida: O prazer de ir e vir livremente e poder andar de cabeça erguida onde quer que venha a entrar.
Daí, recaímos na visão da espiritalidade para procurar entender que tais pessoas são obsediadas e que nunca têm a tão preciosa paz de espírito. O próprio Nem afirma ter pesadelos nos quais ele é esquartejado e que ainda pensava em sair desta vida. Pesquisando sobre ele, encontrei o seguinte trecho: “Mas nem tudo são rosas na vida do poderoso traficante. A polícia já o ouviu dizer, em várias escutas, que sonha, frequentemente, que é esquartejado. Também diz que quer deixar o crime e queixa-se de não ter liberdade. "Vivo igual a um macaco, pulando de laje em laje", confessou a um amigo. ( http://www1.ionline.pt/conteudo/76042-nem-historia-do-traficante-da-rocinha-que-so-quis-salvar-filha-da-morte ) “, creio eu ser o preço pago pelo enriquecimento ilícito e da vida de 'celebridade criminosa' temporária.
Pelo noticiado na mídia, conclui-se que Nem é o exemplo de mais uma mente talentosa esperdiçada e mal explorada pelo mundo do crime que poderia estar contribuindo para termos uma sociedade mais digna e justa. Pois se ele não assim fosse, não chegaria onde chegou em apenas seis anos como líder de tráfico.
Logo, caro leitor, por tudo aqui exposto, devemos estar atentos e vigilantes contra as ações maléficas de obsessores que nos rondam a todo momento, fazendo nossas obrigações junto aos nossos protetores para que sejamos dignos de suas benesses e que não venhamos a cair nas tentações do mundo terreno. Que a paz e as bençãos de Olorum sempre nos acompanhe! Até a próxima postagem!
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