domingo, 13 de fevereiro de 2011

Barbárie Sotero Metropolitana

Lembro-me, com saudade , da minha fase de rapaz em Salvador(Ba). Saíamos em grupo para nos divertir na noite soteropolitana e voltávamos, por vezes, a pé pelas ruas da cidade, de madrugada, comentando os acontecimentos e do que havíamos 'aprontado', nos bares e festas da cidade. Ríamos muito! Nenhum de nós se preocupava se seríamos assaltados ou se seríamos vítimas de um ato violento se quer. Parávamos, por vezes, num bar de esquina, sentávamos numa mesa ou na própria calçada para tomarmos a última cerveja acompanhada de pão fresco, divido ali mesmo, com nossas mãos, recém-saído da padaria que ainda mal abria as portas. Alguns que tinham vícios, estes eram por um cigarro ou por um trago de bebida alcoólica, assim mesmo diluída num pouco de refrigerante. Éramos felizes, afortunados e não tínhamos menção disso. Vejo, agora, estarrecido, o quanto essa realidade mudou: Pelo preço de estar se tornando metrópole, Salvador está se tornando uma cidade violenta e perigosa. Indo isso também pelo interior a fora, triste realidade.

As pessoas de bem estão se trancando em casa, por medo da violência, enquanto as ruas enfestam-se de bandidos praticando 'saidinhas bancárias', sequestros relâmpagos, assaltos a bancos dentre tantas outras práticas do mal a comunidade e em particular ao cidadão comum, que luta a cada dia para garantir o sustento de sua família. Cadeias superlotadas e mal vigiadas já não são capazes de conter, em número, os ditos malfeitores que se proliferam como ratos num imenso bueiro, atemorizando crescentemente a nós, pessoas de bem.

Mata-se simplesmente pelo prazer de matar, pois a vida humana é por vezes ceifada por dívidas de até um real! … Onde estamos!? Diversão da juventude é atear fogo naqueles menos favorecidos que tem a rua como moradia. As festas durão dias de pura orgia e drogas até não mais poder e caírem no chão, desacordados. Para escola, leva-se armas, mata-se 'sem querer' os próprios colegas. Brinca-se de torturar, humilhar e espancar aos que ingressam para estudar no Ensino Superior. Meninas entram em luta corporal umas com as outras, engalfinhando-se até as últimas consequências. Seriam estas situações exemplos de evolução da humanidade? Eu chamaria, com tristeza, de 'Barbárie' … ou ainda de 'Sociedade do Crack'.

Retomando a questão da minha querida Salvador, cheguei a cogitar ser este mais um reflexo da possível migração da marginalidade banida dos morros cariocas que, se vendo acuada, partiram para novas praças menos guarnecidas e despreparadas para o convívio com a violência do reino das drogas. Peço aos Orixás que eu esteja enganado, mas também estou consciente de que a possibilidade de estar certo é grande. Ao me referir ao comportamento da juventude atual, o faço por senti-lo refletido na violência urbana na qual vivemos atualmente. Sem falar no nosso trânsito caótico, recordando ao que se vê na Índia onde existe um código de leis que o rege, porém ninguém o conhece nem o respeita.

Creio que os nossos governantes, aqueles os quais elegemos para nos representar e lutar pelos nossos direitos estejam mais preocupados em aumentar os próprios salários, empregar seus familiares e aumentar ,de qualquer maneira, os seus patrimônios que não lhes sobre tempo para tomarem medidas para conter este 'Tsunami Sangrento' que vem avassalando a nós, cidadãos de bem. Também, devemos assumir nossa parcela de culpa, pois talvez falte a certos elementos, seriedade e senso de responsabilidade no momento de votar e ajudem a colocar em cargos de tão relevada importância, pessoas incapazes de gerir a própria vida quanto mais o destino de uma Comunidade e até mesmo de uma Nação, demonstrando assim a falta de conhecimento e de amor a sua Pátria.

Talvez, caro leitor, você esteja se perguntando 'o que um terapeuta e um adepto do Candomblé', esteja querendo ao falar sobre a Violência Urbana em Salvador? (… eu ainda estenderia mais … na Bahia). Simples: Alertar a todos (o quanto antes!) que dividem comigo o prazer de viver nesta Terra abençoada pelos Orixás, que algo precisa ser feito para que se contenha essa violência reinante e que não se chegue a situação dos morros cariocas e que aqueles meus tempos idos de rapaz soteropolitano possa ser revivido pelas futuras gerações e assim possamos dizer da satisfação que é viver num lugar de Paz de Segurança! Cobremos dos nossos representantes providências, que se remedie com urgência esta situação medonha e que possamos novamente viver em paz. Que Iansã nos abençoe com uma boa semana, Epa-hei minha mãe, Um abraço a você!

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Quem sou eu

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Pedagogo por formação, terapeuta holístico cuja mediunidade aflorou aos 5 anos de idade e desde então vêm crescendo na sua trajetória de vida voltando-se aos estudos da espiritualidade. Alia a mística e a ciência para ajudar a aqueles que o procuram para auxiliar na transposição de obstáculos que a vida a eles impõe.

Além de terapeuta holístico (registrado na Ordem dos Terapeutas Holísticos do Brasil, sob cadastro OTH015), numerólogo, também é adepto do Candomblé e tem como Orixá Iansã, Deusa dos Raios, a qual é regente da vida dele: “Em Iansã, deposito toda fé e confiança! “ – palavras de Alyryo.

Aqui, ele esclarece sobre aspectos desta Entidade, através de artigo publicado na revista 'A História dos Orixás' páginas 50 a 52(Clique aqui para acessá-las).

Aqueles que tiverem dúvidas, curiosidades ou mesmo questionamentos sobre assuntos inerentes a:

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Fico muito feliz com a aceitação do trabalho, o que me estimula a prosseguir usando este canal de comunicação com o mundo, onde posso expressar minha ideias e opiniões ao tempo em que também me possibilita saber o que pensa o público que me procura tanto presencial quanto virtualmente. Fora a oportunidade de falar sobre a minha religião o Candomblé, da qual sou adepto a 27 anos na qual ponho toda fé e dela me considero um instrumento de ajuda para aqueles que dela tanto necessitam.

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