sexta-feira, 28 de março de 2014

Intolerância Religiosa, mais que um pecado

Somos dotados de livre arbítrio para decidirmos sobre o destino de nossas vidas como também escolhemos como agir e o que devemos fazer em determinadas situações, ou seja, somos responsáveis pelas diretrizes que traçamos e que consequentemente seguimos. Assim também é a nossa preferência religiosa, se é que podemos chamá-la assim.

Nossos direitos acabam no direito do nosso semelhante, estes devem ser respeitados de maneira recíproca para que haja uma convivência harmônica entre todos os seres pensantes. Afinal, quem somos para criticar, condenar ou mesmo repudiar a quem não pactua da mesma forma de pensar que nós? Assim, também é a escolha da própria religião.

Aí atuam uma série de variantes que de acordo com a mente, cultura e outras tantas, levam o indivíduo a crer, cultuar e seguir determinada religião, cabendo a aceitação desta por parte de todos sem questionamentos e críticas maldosas e atitudes de repúdio, sejam elas quais for.

Penso que não existe religião melhor que a outra, nem que existe um Deus propriedade exclusiva de determinada crença. Se os céus tem porta, esta não estará fechada a quem não pertencer a certa religião, restando as demais, os castigos e as brasas do Inferno como professam alguns religiosos.

Então, porque perseguir, criticar ou repudiar a religião alheia? Sabemos que existem indivíduos que se valem de seus cargos públicos de alto escalão para chacotear e perseguir aos seguidores de outras religiões, principalmente as de raízes africanas. Isto já foi reconhecido como crime e leva o nome de 'Intolerância Religioso', mas ainda continua impune.

É um problema é frequente em nosso país. Algumas denúncias se referem à destruição de imagens de orixás do candomblé ou de santos católicos. Ficou famoso no Brasil o pastor da Igreja Universal do Reino de Deus Sérgio Von Helder, que, em 1995, chutou uma imagem de Nossa Senhora Aparecida em rede nacional de TV. Há também casos de testemunhas de Jeová que são processadas por não aceitarem que parentes recebam doações de sangue, de adventistas do Sétimo Dia a quem não são dadas alternativas quando não trabalham ou não fazem prova escolar no sábado, e de medidas judiciais que impedem sacrifício de animais em ritos religiosos, entre outros.

Recentemente têm provocado reações algumas declarações do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, Marco Feliciano (PSC-SP). Pastor evangélico, ele escreveu no Twitter que africanos são descendentes de um “ancestral amaldiçoado por Noé” e que sobre a África repousam maldições como paganismo, misérias, doenças e fome. A presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, senadora Ana Rita (PT-ES), se manifestou a respeito.

São declarações e atitudes que instigam o preconceito, o racismo, a homofobia e a intolerância. Todas absolutamente incompatíveis e inadequadas para a finalidade do Legislativo — disse.

Denúncias cresceram mais de 600% em um ano; crenças de matriz africana são as que mais sofrem ataques

Seria mais interessante que esses políticos tão preocupados com o culto da religião alheia, se ocupassem em promover o bem da coletividade que os elegeram; fizessem melhorias para o bem estar da tão sofrida população brasileira, propiciando educação, trabalho, moradia entre tantas outras necessidades. Aí sim! Justificariam seus pomposos salários e mordomias além do voto que os colocou em situação tão privilegiada. Isso sem falar no vergonhoso envolvimento em falcatruas e desvio de verbas para seus opulentos bolsos e até … suas roupas íntimas!

Gostaria de poder citar nesta minha manifestação de repúdio e indignação pelo menos um ínfimo projeto, desta corja de larápios de gravata, que viesse a beneficiar a população! Pelo contrário: seria necessário mais que um texto para abrigar a enorme lista de corruptos que lesam a consciência do povo brasileiro.

Mas, as vozes desses políticos de colarinho branco se levantam para atacar aos que pertencem a religião que difere da sua, ridicularizando os cultos, querendo levar seus fiéis a descrença e colocá-los em situação vexatória. E para isso que os colocamos no 'Planalto'? O que tem haver o nosso povo de Santo com estes que se dizem proprietários das bênçãos divinas? Será que na cabeça destes acéfalos o certo é arrancar da grande massa ignorante, o pouco dinheiro que têm para própria subsistência para financiar a formação dos grandes patrimônios de suas igrejas?

Precisamos apresentar á Sociedade nossa real motivação religiosa, doutrina e cultura. Devemos exigir o respeito a nossos fundamentos, nossa liberdade de exercício de culto. Como também que o Sr. Marcos Feliciano faça de seu cargo na câmara real uso do que ele significa. Não podemos admitir que um homem eleito pelo povo use do cargo que lhe foi confiado para perseguir religiões, as quais, não respeita, nem conhece; manipulando fragmento das leis para fundamentar um ato contra a lei: desrespeito à liberdade religiosa, defendida pela Constituição Federal e pela Declaração Universal dos Direitos Humanos!

Peço desculpas ao caro leitor pelo desabafo, mas faz-se necessário que levantemos a voz contra tais abusos, afinal o respeito é a base para toda e qualquer relação. Devemos nos fazer respeitar e não dar lugar a intolerância religiosa, crer e professar a nossa religião é um direito garantido por lei.

A todos, a bênção de Olorum sobre suas cabeças! Até a próxima postagem!

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Quem sou eu

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Pedagogo por formação, terapeuta holístico cuja mediunidade aflorou aos 5 anos de idade e desde então vêm crescendo na sua trajetória de vida voltando-se aos estudos da espiritualidade. Alia a mística e a ciência para ajudar a aqueles que o procuram para auxiliar na transposição de obstáculos que a vida a eles impõe.

Além de terapeuta holístico (registrado na Ordem dos Terapeutas Holísticos do Brasil, sob cadastro OTH015), numerólogo, também é adepto do Candomblé e tem como Orixá Iansã, Deusa dos Raios, a qual é regente da vida dele: “Em Iansã, deposito toda fé e confiança! “ – palavras de Alyryo.

Aqui, ele esclarece sobre aspectos desta Entidade, através de artigo publicado na revista 'A História dos Orixás' páginas 50 a 52(Clique aqui para acessá-las).

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Fico muito feliz com a aceitação do trabalho, o que me estimula a prosseguir usando este canal de comunicação com o mundo, onde posso expressar minha ideias e opiniões ao tempo em que também me possibilita saber o que pensa o público que me procura tanto presencial quanto virtualmente. Fora a oportunidade de falar sobre a minha religião o Candomblé, da qual sou adepto a 27 anos na qual ponho toda fé e dela me considero um instrumento de ajuda para aqueles que dela tanto necessitam.

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