Somos
dotados de livre arbítrio para decidirmos sobre o destino de nossas
vidas como também escolhemos como agir e o que devemos fazer em
determinadas situações, ou seja, somos responsáveis pelas
diretrizes que traçamos e que consequentemente seguimos. Assim
também é a nossa preferência religiosa, se é que podemos chamá-la
assim.
Nossos
direitos acabam no direito do nosso semelhante, estes devem ser
respeitados de maneira recíproca para que haja uma convivência
harmônica entre todos os seres pensantes. Afinal, quem somos para
criticar, condenar ou mesmo repudiar a quem não pactua da mesma
forma de pensar que nós? Assim, também é a escolha da própria
religião.
Aí
atuam uma série de variantes que de acordo com a mente, cultura e
outras tantas, levam o indivíduo a crer, cultuar e seguir
determinada religião, cabendo a aceitação desta por parte de todos
sem questionamentos e críticas maldosas e atitudes de repúdio,
sejam elas quais for.
Penso
que não existe religião melhor que a outra, nem que existe um Deus
propriedade exclusiva de determinada crença. Se os céus tem porta,
esta não estará fechada a quem não pertencer a certa religião,
restando as demais, os castigos e as brasas do Inferno como professam
alguns religiosos.
Então,
porque perseguir, criticar ou repudiar a religião alheia? Sabemos
que existem indivíduos que se valem de seus cargos públicos de alto
escalão para chacotear e perseguir aos seguidores de outras
religiões, principalmente as de raízes africanas. Isto já foi
reconhecido como crime e leva o nome de 'Intolerância Religioso',
mas ainda continua impune.
É
um problema é frequente em nosso país. Algumas denúncias se
referem à destruição de imagens de orixás do candomblé ou de
santos católicos. Ficou famoso no Brasil o pastor da Igreja
Universal do Reino de Deus Sérgio Von Helder, que, em 1995, chutou
uma imagem de Nossa Senhora Aparecida em rede nacional de TV. Há
também casos de testemunhas de Jeová que são processadas por não
aceitarem que parentes recebam doações de sangue, de adventistas do
Sétimo Dia a quem não são dadas alternativas quando não trabalham
ou não fazem prova escolar no sábado, e de medidas judiciais que
impedem sacrifício de animais em ritos religiosos, entre outros.
Recentemente
têm provocado reações algumas declarações do presidente da
Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, Marco Feliciano
(PSC-SP). Pastor evangélico, ele escreveu no Twitter que africanos
são descendentes de um “ancestral amaldiçoado por Noé” e que
sobre a África repousam maldições como paganismo, misérias,
doenças e fome. A presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH)
do Senado, senadora Ana Rita (PT-ES), se manifestou a respeito.
— São
declarações e atitudes que instigam o preconceito, o racismo, a
homofobia e a intolerância. Todas absolutamente incompatíveis e
inadequadas para a finalidade do Legislativo — disse.
Denúncias
cresceram mais de 600% em um ano; crenças de matriz africana são as
que mais sofrem ataques
Seria
mais interessante que esses políticos tão preocupados com o culto
da religião alheia, se ocupassem em promover o bem da coletividade
que os elegeram; fizessem melhorias para o bem estar da tão sofrida
população brasileira, propiciando educação, trabalho, moradia
entre tantas outras necessidades. Aí sim! Justificariam seus
pomposos salários e mordomias além do voto que os colocou em
situação tão privilegiada. Isso sem falar no vergonhoso
envolvimento em falcatruas e desvio de verbas para seus opulentos
bolsos e até … suas roupas íntimas!
Gostaria
de poder citar nesta minha manifestação de repúdio e indignação
pelo menos um ínfimo projeto, desta corja de larápios de gravata,
que viesse a beneficiar a população! Pelo contrário: seria
necessário mais que um texto para abrigar a enorme lista de
corruptos que lesam a consciência do povo brasileiro.
Mas,
as vozes desses políticos de colarinho branco se levantam para
atacar aos que pertencem a religião que difere da sua,
ridicularizando os cultos, querendo levar seus fiéis a descrença e
colocá-los em situação vexatória. E para isso que os colocamos no
'Planalto'? O que tem haver o nosso povo de Santo com estes que se
dizem proprietários das bênçãos divinas? Será que na cabeça
destes acéfalos o certo é arrancar da grande massa ignorante, o
pouco dinheiro que têm para própria subsistência para financiar a
formação dos grandes patrimônios de suas igrejas?
Precisamos
apresentar á Sociedade nossa real motivação religiosa, doutrina e
cultura. Devemos exigir o respeito a nossos fundamentos, nossa
liberdade de exercício de culto. Como também que o Sr. Marcos
Feliciano faça de seu cargo na câmara real uso do que ele
significa. Não podemos admitir que um homem eleito pelo povo use do
cargo que lhe foi confiado para perseguir religiões, as quais, não
respeita, nem conhece; manipulando fragmento das leis para
fundamentar um ato contra a lei: desrespeito à liberdade religiosa,
defendida pela Constituição Federal e pela Declaração Universal
dos Direitos Humanos!
Peço
desculpas ao caro leitor pelo desabafo, mas faz-se necessário que
levantemos a voz contra tais abusos, afinal o respeito é a base para
toda e qualquer relação. Devemos nos fazer respeitar e não dar
lugar a intolerância religiosa, crer e professar a nossa religião é
um direito garantido por lei.
A
todos, a bênção de Olorum sobre suas cabeças! Até a próxima
postagem!
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