Começo
de 2013, findos os festejos de fim 2012, aos poucos, a vida retoma o
seu curso normal. Vivemos um tempo de férias e de alta estação
turística que culmina com os dias do Reinado de Momo. Corpos a
mostra, muito sol e calor: É verão, a estação mais esperada do
ano! Mas, o período não é só de diversão. Também presenciamos
as altas nos preços dos itens de básicos de sobrevivência, do
pagamento de impostos (reajustados, é claro!), compra de material
escolar e de reajustes do salário mínimo e dos benefícios pagos
aos aposentados, impulsionadores de uma avalanche de outros reajustes
atrelados a estes a exemplo dos planos de saúde, remédios e tudo o
que permeia o cotidiano desta faixa da população brasileira tão
explorada e sem direito de defesa.
Segundo
fontes da imprensa, foi concedido aos pensionistas e aposentados do
INSS que recebem um valor maior que o salário mínimo, o percentual
de 6,2% . Os benefícios de quem recebe até um salário mínimo
terão um aumento de 9%. Conflitante com a realidade de nossos
representantes junto ao Governo que determinam o valor de reajuste de
seus próprios salários em índices que chegam a 100% sem falar nas
ajudas de custo, franquias e incentivos para que pelo menos
compareçam ao setor de trabalho. Triste realidade!
Uma
pessoa que parou de trabalhar por estar com a idade avançada ou
mesmo por uma incapacidade física, não pode mais exercer uma
atividade que lhe garanta o sustento e de sua família, vê-se
obrigado a aceitar o que lhe for concedido e fazer mirabolâncias
para sobreviver. Lamentável e vergonhosa tal situação.
Assistimos,
estarrecidos, políticos corruptos, com penas decretadas, serem
empoçados para exercer cargos públicos de alto escalão e de poder
usufruir de regalias e benefícios que esta posição lhes
proporcionarão, com valores salariais já bem reajustados por seus
antecessores, enquanto que aqueles que contribuíram por toda uma
vida profissional, anos a fio, perceberão parcas quantias para
realizar o 'truque de sobreviver'. Vivemos um tempo de inflação
velada, constatada por uma simples análise do custeio dos itens que
compõem a cesta básica, a cada vez que vamos ao supermercado. Aí,
atribui-se a culpa da elevação de preços ao excesso de chuvas ou a
falta delas, entre tantas outras desculpas para tal. Ora,
pergunto-lhe, caro leitor internauta, como sobreviver com um reajuste
anual frente a tantos outros, quase que diários e em progressão
geométrica!? Equação difícil de resolver, principalmente, para
aqueles que já não podendo compor a massa da população ativa,
ainda tem que arcar com despesas médicas além das tantas outras
básicas de sobrevivência. Tais questionamentos me vem a cabeça
sempre que vejo tamanho descaso dos nossos representantes frente a
uma classe tão indefesa e necessitada como a dos pensionistas e
aposentados.
Recordam-se,
então, as promessas em campanha política, nas quais são
apresentados planos e 'n' alternativas que resolveriam a situação
daqueles que estão impossibilitados de trabalhar. Gostaria de ver,
tais indivíduos conseguirem bancar com esse teto salarial, sem seus
gabinetes luxuosos, boas roupas e carros de luxo e tudo o que permeia
suas vidas de opulência e fartura. E ainda se dizem 'representantes
do povo' … no mínimo hilário.
Estrategicamente,
aproveitam-se do clima natalino, da euforia das compras permitidas
pelo pagamento do 13º salário parar 'anestesiar' o povo e desviar o
foco dos acontecimentos que virão. Aí, o inadvertido cidadão,
compra exacerbadamente, faz festa no cartão de crédito, se endivida
e com seu parco salário tenta atravessar o 'Ano Novo' nadando contra
a maré, com seus poucos 'por cento' de reajuste, juntando os
tostões, se afundando em empréstimos para, numa tentativa
desesperada, saldar os compromissos!
Como
se não bastasse, ainda vem a euforia momesca, para ajudar a camuflar
a situação financeira calamitosa e a contração de novas dívidas.
É
com pesar que vejo a situação do empregado que recebe o salário
mínimo, bem como dos pensionistas e aposentados da previdência
social. Indefesos e ingênuos, ainda depositam sua fé nas urnas de
votação para eleger àqueles que não estão se importando com a
situação precária na qual vivem. Vão aos comícios, distribuem
'santinhos', se uniformizam com camisas promocionais de candidatos e
recebem como resposta, reajustes torpes e indignos para levar a vida
decentemente.
Apelo
para seu bom senso, brasileiro nesta condição, para fazer da hora
de votar, um momento de consciência e ponderar bastante antes de
apertar a tecla 'confirma' da urna de votação.
Ao
tempo em que me desculpo junto ao caro leitor, pela minha cartase,
mas senti tal necessidade mediante esse aviltante índice de
reajuste.
A
todos renovo meu desejo de um 2013 de muita prosperidade e vitórias
em nome de Olorum!
Até
a próxima postagem!
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