Uma
das formas de edificarmos o espírito, é prática do bem. Não só
entre nós, seres humanos, como também entre os outros elementos do
Universo, desinteressada e espontaneamente, traz-nos uma sensação
de bem estar e de comunhão com o meio ambiente. Faz-nos sentirmos
úteis e necessários. É a pratica da Caridade, no seu sentido mais
amplo.
Expressão
maior de Caridade, foi a soteropolitana, Irmã Dulce. A Dulce dos
Pobres, que dedicou sua vida ao socorro dos necessitados, construindo
uma notória Obra de Caridade, com repercussão internacional, em
solo baiano.
Existem
várias formas de ser caridoso, e nem sempre o dinheiro está
envolvido. Pode se ajudar com palavras, dando conselhos úteis,ou
ainda com o seu silêncio, ouvindo a quem precisa desabafar, muitas
vezes uma frase muda o curso de uma vida e isso vale mais do que uma
esmola. A verdadeira caridade é ajudar o outro a se ajudar, a ser
capaz de resolver seus problemas, e encontrar sua solução.
E
é claro, ajudar os animais abandonados, respeitar a natureza, não
deixando que as pessoas destruam tudo que está a nossa volta, até
reciclar o lixo é um gesto de caridade às futuras gerações e ao
planeta.
Existem
diversos tipos de caridade inútil à quem faz e outras até
prejudiciais à quem recebe e que portanto, não edificam o espírito
e nada pontuam diante do Altíssimo. Alguns exemplos:
1)
A caridade por vaidade, aquela que a pessoa faz para aparecer
socialmente.
2)
A caridade feita sem nenhum sentimento, aquela que a pessoa dá por
dar, porque tem sobrando.
3)
A caridade humilhante, aquela que é feita com alarde e identificação
pública do beneficiado, ou aquela que a pessoa faz sem sequer olhar
na cara do necessitado.
4)
A caridade viciante, a mais comum e prejudicial de todas, que é
aquela que se faz sem a correta avaliação da necessidade alheia,
para quem não precisa realmente. Aquela que vai incentivar a
mendicância como meio de vida.
5)
A palavra dita em hora errada. Um elogio e até mesmo a crítica
podem ser atos de caridade, desde quando feitas de forma realmente
construtiva e no momento adequado.
Então
até para ser caridoso é preciso sentimento nobre aliado ao bom
senso, ou seja, é realmente necessário a transformação interior,
caso contrário a caridade pouco significado terá diante das leis de
harmonia universal, ou aos olhos de Deus, para quem prefira dizer
dessa forma.
Você
já fez uma boa ação hoje? Antes de responder a essa pergunta,
pense numa coisa: O que é uma boa ação? Somente oferecer um prato
de comida a quem tem fome (Caridade material) — essa ação também
é muito importante, claro — ou também é ofertar uma palavra de
conforto a quem sofre (Caridade Espiritual)?
Na
Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo acreditamos que
Caridade deve ser compreendida como uma ação benéfica que impacta
nas urgências materiais e espirituais do ser humano. É "sinônimo
de Amor", porque ultrapassa o sentido de piedade, de oferecer um
alimento para se ver livre de quem pede. Esse conceito amplo atende
pelo nome de Caridade Completa.
A
partir desse raciocínio, todos os campos da sociedade devem ter sua
finalidade embasada pela Caridade: Religião, Política, Esportes,
Arte, Cultura, Ciência, etc. "Caridade não é o simples ato de
dar o pão, é principalmente o que mantém a nossa Alma viva. É o
sentimento que afasta de nós a grosseria, portanto, lança luz à
nossa inteligência e nos impele a construir um Brasil melhor e uma
Humanidade mais feliz!".
Tal
perspectiva é inspirada na doutrina prática de Jesus, o Cristo
Ecumênico, o Divino Estadista, que, desde sua primeira vinda visível
ao Planeta Terra, curou cegos, paralíticos, leprosos e pessoas com
diversas outras enfermidades do corpo e da Alma. Para o completo
restabelecimento, o Religioso Celeste indicava ao mundo a cura para o
Espírito, trazida por Ele próprio por meio de vários ensinamentos,
dentre os quais destacamos esse versículo: "Eu sou o Pão Vivo
que desceu do Céu. Se alguém dele comer, viverá eternamente"
(Evangelho do Cristo Ecumênico consoante João, 6:51).
Logo,o
conceito de Caridade vai além de saciar as necessidades físicas e
orgânicas do ser humano. Ao se entender que a Caridade em sentido
abrangente deve guiar as ações humanas em todas as áreas do saber,
é necessário se preocupar, então, em suprir principalmente as
carências morais e espirituais das criaturas.
Na
atual conjuntura, temos um certo receio em praticarmos o bem ao nosso
semelhante, sermos mal interpretados e termos que arcar com
prejuízos. Sermos até acusados injustamente de cometermos algum
crime ou algo que o valha, como dar socorro a alguém acometido de um
mal súbito no meio da rua, ou vítima de um atropelo. Levar a vítima
a um Pronto Socorro, implica em assumir a responsabilidade sobre ela,
ampará-la e assisti-la até que apareça uma pessoa que se
responsabilize por ela. Talvez, daí venha o receio de socorrer a
quem precisa de um auxílio imediato. Vivemos o tempo do instantâneo.
Caro
amigo internauta, pratiquemos o bem ao nosso semelhante, seja ele
quem ou o que for. Pois isso reverterá em bençãos. É a Lei da
Reciprocidade. Mas, o faça de 'coração aberto': caso contrário de
nada valerá, pois poderá ser até de efeito maléfico. Também,
convém lembrar que ser prudente é sábio! Olorum sempre a frente de
nossos passos! Até a próxima postagem! Abraços!