"Amar
e ser amado." Esta é uma frase conhecida, mas pouco realizada.O
ser humano está sempre querendo ser amado, aceito e adorado pelo
outro, sem se questionar se internamente está pronto para esse
relacionamento.
O
sentimento de amor é repleto de alegria. O amor é um sentimento
precioso, que vem acompanhado de desapego e aceitação. Numa relação
a dois, esse sentimento resulta em atenção, carinho, amizade e
presença de ambas as partes.
Entenda-se
como Presença, desenvolver o hábito do autoconhecimento. Nos
aceitar com todas as qualidades e defeitos, até para podermos mudar
alguma coisa se sentirmos necessidade. Estarmos vivendo no agora, em
amor e respeito ao nosso ser, nos transforma em uma pessoa pronta
para amar dentro de um relacionamento. Só desta forma seremos
felizes plenamente. Mas, só conseguimos isso se agirmos com
determinação e coragem para domar o ego e as fantasias da mente.
Depender
de alguém para ser feliz é a maior cilada já inventada pelo ego.
Pessoas dizem estar incomodadas,
se
questionando sobre estar só. Elas se ressentem por não ter um
companheiro ou uma companheira. Refletindo: estar só significa
necessariamente não ter um par? Estar só é sentir-se solitário,
sozinho numa situação da vida. Você pode se sentir só até ao
lado do amor de sua vida, simplesmente por não estar dando conta de
si mesmo. O outro não tem a obrigação e nem vai te completar
nunca. Você é quem deve se preencher completamente para, então,
satisfazer um companheiro. Esta é a verdadeira mágica do amor. Se
cuidar, se amar incondicionalmente lhe fará ser amado exatamente na
medida que deseja e precisa.
Esta
ideia de que só estamos plenos e realizados com certo alguém que
vai nos proporcionar, num futuro próximo, uma família linda e bem
sucedida é idealização baseada numa inverdade. Com a crença de
que só se é feliz completamente em uma relação de amor, já se
pré determina que seremos dependentes do outro.
Quando
pensamos assim, limitamos nosso potencial de realizações em várias
áreas de nossa vida. Estar ansioso para encontrar um amor pode lhe
distanciar de suas metas. Afinal, deixando de viver no presente, além
de não perceber o que está acontecendo ao seu redor, você pode se
envolver numa idealização do objeto a ser conquistado. Não há
nenhuma realidade nisso.
Para
amar alguém de verdade, temos que nos amar muito antes. Não estou
falando do amor egóico onde, cultuamos nosso corpo, nossas
capacidades e talentos com apego. Estou falando de aceitação e
respeito. Com isso, você estará pronto para ser amado.
Estando
apaixonado, tente de todas as formas ver a pessoa que está a seu
lado sem idealizá-la em nenhum momento. Lide só com o que você tem
do outro. Parece muito frio, mas é sábio. Isso fará com que você
não entregue a ninguém o seu poder de realização. Além de ver
tudo com mais clareza, se mostrará ao outro sem armadilhas,o que
mais a frente pode fazer a diferença entre a alegria e o sofrimento.
Tenha em mente que a felicidade mora dentro de seu coração, porque
você se ama antes de qualquer coisa.
Logo,
podemos concluir que para sermos amados é necessário que nos
amemos, cuidemos de nós mesmos e devemos procurar sermos felizes e
não atribuirmos ao outro a 'missão' de nos amar. Isso virá como
consequência de estarmos plenos em nós mesmos.
Mas,
então poderíamos dizer que há vários sentidos e aplicações para
a palavra amor.
Em
todos os empregos e usos do termo o significado comum é o de querer
bem e agir em favor de algo ou alguém.
Tudo
que se faz com plenitude de vontade e intensidade de alma, se diz que
é feito com amor.
Portanto,
o mal feito é por si só isento de amor porque não é máximo,
não
é esforçado, não é bem quisto, antes é feito com má vontade, de
qualquer jeito, obrigado e, por isto, livre do significante amor. Em
outras palavras, o amor é como as turbinas de um avião ou o motor
de um carro.
Sem
eles nem um nem outro poderiam sair do estado estático.
É
neste sentido que o amor se aplica a autoestima como sétimo pilar,
pois sem esta força propulsora nada nem ninguém poderão mover-se e
muito menos transformar-se.
Nenhum
dos outros seis pilares poderiam se efetivar sem o sétimo. Só o
impulso de vida – amor
Não
se pode ver o amor, mas pode-se percebê-lo atuante quando as pessoas
são compelidas a mudar e a fazer mudar qualquer coisa ou pessoa para
um estado melhor, mais bem aprimorado.
Autoestima
é a tradução literal do amor próprio. Cada qual tem sua
autoestima na mesma proporção do amor que sente por si próprio.
Assim
fica fácil entender porque as pessoas se prejudicam e se matam
entre si, pois cada qual ama o próximo como a si mesmo.
Aquilo
que se faz ao outro é, em análise, aquilo que se deseja fazer a si
mesmo, mas de uma forma velada.
E
o que se quer fazer veladamente a si mesmo é o límpido reflexo da
consideração e amor que cada um nutre e mantém por si mesmo.
Ninguém
que desonra a si mesmo poderá ter o outro em honra.
Em
outra perspectiva desta análise, pode-se entender as pessoas que nos
agridem e nos machucam como praticantes de ação proporcional ao
ódio e repúdio que elas sentem por elas mesmas.
Só
quem conhece e experimentou o amor pode amar.
Aquele
que não sabe e sequer provou desta força chamada amor, jamais
poderá desejar ou fazer o bem a si mesmo, quem dirá ao próximo.
Viver
sem se sentir amado é uma porta para a angústia e a depressão,
torna a vida muito mais dolorosa do que normalmente seria. Tudo fica
mais difícil, se relacionar fica mais difícil.
Estudar,
trabalhar, produzir fica quase impossível e então reina o impulso
de morte, tornando as pessoas mais amargas, destrutivas, maldizentes
e infelizes.
O
que esperar dessas pessoas?
Não
há perspectiva de vida, de sucesso ou mesmo de futuro quando a
pessoa não se sente amada, querida, desejada.
Portanto,
não basta dizer a uma pessoa que a ama ou usar sua linguagem de amor
para acreditar que o outro está sendo amado.
É
necessário que o outro se sinta amado para que possa experimentar
esta força que transforma e revitaliza qualquer pessoa que é
agraciado por ela.
Nada
pode ser mais sublime e produtivo para uma pessoa do que sentir-se
amada pelo pai, pela mãe, por Deus, por qualquer alguém que lhe
importa ou pela sociedade de uma forma geral.
Os
piores delinquentes, capazes das piores ações destrutivas e
práticas antissociais são pessoas incapazes de sentir e
experimentar o amor.
Esta
incapacidade pode ser congênita, relacionada à micro lesões
cerebrais que impedem o processamento de tal sentimento ou mesmo pela
experiência do abandono, do descaso e do desprezo elaborados de
forma peculiar em suas mentes a partir das ações e palavras de seus
entes mais próximos, a partir do nascimento até algum momento de
sua vida em que ocorre um insight negativo e passa a crer na ideia de
que não é amado o suficiente, antes se sente indesejado e
rejeitado.
Eis
a semente do mal, da criminalidade.
Ninguém
rouba, mata ou destrói por amor, mas por ódio e revolta.
Como
é saudável acreditar que Deus amou o mundo de tal maneira que deu
seu único Filho para que todo aquele que nele crer tenha a vida
eterna.
Como
é poderosa quando dita com sinceridade a frase “eu te amo”.
Experimente
dizer mais vezes eu te amo com as pessoas que você quer bem, mas
comece dizendo a si mesmo(a) toda vez que se olhar no espelho pela
primeira vez no dia.
Pois,
ainda que eu falasse as línguas dos anjos se não houver amor, nada
adiantará. É preciso se sentir amado e experimentar este
sentimento.
E
se alguém não se sente amado e, portanto, não experimenta o amor
como poderá ter bem consolidado o seu amor próprio?
Assim,
terá invariavelmente comprometido todos os sete pilares da
autoestima.
Apenas
para fechar com 'chave de ouro', citarei do primeiro livro que o
apóstolo Paulo escreveu aos Coríntios, registrado no Capítulo 13,
versos 1 a 8 da Bíblia, como se segue:
“Ainda
que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse
amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que
tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a
ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que
transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que
distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda
que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor,
nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor
não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se
ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus
interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a
injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo
espera, tudo suporta. O amor nunca falha[...]”.
Portanto
caro leitor internauta, ame-se. Demonstre o amor que sente pelo seu
semelhante de forma que ele também se sinta amado,o contrário este
sentimento de nada valerá para ambos. A concretização do
sentimento precisa de atos, além de palavras vazias. Estas o tempo
apaga, o vento leva, mas podem ser perpetuadas, pontuadas por ações.
O amor de Olorum por seus filhos nos proteja de todo o mal, que este
estaja presente em nossas vidas! Até a próxima postagem!