domingo, 11 de novembro de 2012

Guerras em Nome de Deus

Vivemos em constante evolução o que nos leva a alcançar , em velocidade espantosa, conquistas em várias áreas do saber. O que já foi um dia previsão futurista, hoje é realidade e por vezes até aperfeiçoada da versão original. Diante disso, como ainda se pode conceber que conflitos de interpretação e/ou ideologias possam levar a guerra entre povos. E o que é o mais lastimável... em nome de Deus!

É com pesar que devemos reconhecer, ser de responsabilidade das divergências entre as religiões, e em particular do cristianismo por esse clima de violência reinante no mundo. Na realidade atual, das guerras que infestam o mundo, mais da metade tem motivações religiosas. Em Israel, judeus e islamitas; no sul da India, hindus e muçulmanos; na Argélia, muçulmanos fundamentalistas contra os moderados; na Irlanda, protestantes e católicos, etc. As religiões que deveriam fomentar a Paz, tem sido inspiradoras de violência.

Ao rever a História, constata-se que foi pior. Quantos crimes se cometeram em nome de Deus? Em 1572, na famosa “Noite de São Bartolomeu”, que se prolongou por mais dois dias, os católicos assassinaram aproximadamente 70.000 pessoas, protestantes ou suspeita de serem colaboradores. Em Roma, o Papa Gregório XII, celebrou um culto de ação de graça pelo feito.

Para a maioria das pessoas, a fidelidade a sua fé se verifica pelo combate a todos os que professam a fé de modo diferente. No Brasil, até poucos anos ainda se discriminavam protestantes, e há quem ainda veja as religiões afro-brasileiras como coisas do demônio. Quem anda pelo interior do Brasil, percebe a diversidade cultural e religiosa do povo.

Percebe-se que as igrejas não se educaram ainda para conviver com esse pluralismo. Aqui e ali, as guerras religiosas continuam e ainda será necessário que se estabeleçam as bases para que católicos e evangélicos (e até mesmo evangélicos entre si), cristãos e não-cristãos assinem um novo e mais amplo “Tratado de Paz”.

O fundamentalismo é uma doença que surgiu no cristianismo e hoje se espalha por todas as religiões do mundo. Os fundamentalistas acreditam que somente eles interpretam corretamente as Escrituras e que Deus lhes confiou a missão de salvar a verdadeira religião dos inimigos que a ameaçam. Foi assim que, no tempo do nazismo, muitos religiosos sinceros concordaram que se mandassem os judeus, ciganos e Testemunhas de Jeová para os campos de extermínio.

Cada vez que, um padre acha que só os católicos têm o direito de expressar a sua fé, ele está no mesmo caminho da intolerância e da guerra religiosa. Da mesma forma, quando um pastor durante madrugadas em programas de televisão se aproveita das fraquezas humanas fazendo proselitismo, pensa que a fé se transmite aos gritos, e quanto mais ruidosa a assembléia mais anuncia o Evangelho, corre o risco de testemunhar um Deus intransigente, completamente oposto ao modo de Jesus se aproximar das pessoas.

Atualmente, muita gente sente no coração o desejo de aprofundar uma vida interior e quer trilhar o caminho da fé. Mas tem dificuldade de aceitar o peso das estruturas religiosas. A maioria que se engaja numa igreja, o faz porque sabe que precisa do apoio de uma comunidade para viver a sua fé, e avançar no caminho de Deus.

Mas de fato, a espiritualidade, ou seja, uma vida inspirada e conduzida pelo Espírito de Deus existe em todas as religiões e pode se desenvolver também para além de qualquer uma delas, pois não depende das estruturas humanas, mas da busca perseverante desse Deus de Paz.

Deus não assinou contrato de exclusividade com nenhum grupo e nem é prioridade de ninguém. A Bíblia revela que “o Eterno habita numa luz inacessível e a Ele homem algum jamais viu, nem é capaz de ver” (I Tm. 6:16). Por outro lado, afirma que “Deus é amor e toda pessoa que ama, conhece a Deus e vive com Ele” (I Jo. 4:16).

Deus é mistério. O que as religiões dizem e ensinam sobre Deus, é uma aproximação parcial. Jesus só falou do Pai e do Reino de Deus em parábolas. Por isso, precisamos ter humildade no modo de falar de Deus. Não somos donos dele. Se formos amorosos e humildes, Ele é quem nos possui. Estamos todos no caminho escuro da fé.

A Bíblia é para os que nela crê, “uma lâmpada que brilha num lugar escuro, até que o dia clareie e o sol brilhe direto em nossos corações” (II Pe. 1:19).

Deus quis assim: a sua própria Palavra, que é Luz para os nossos caminhos e alegria para o nosso coração. É também uma palavra humana e, por isso, limitada, como cremos que o Filho de Deus se fez carne em Jesus, com limitações humanas.

O Evangelho conta que Jesus elogiou a fé confiante da mulher fenícia, que ao que tudo indica, tinha uma religião diferente da judaica, na qual Ele, Jesus, foi educado. O Senhor aceitou curar o servo do oficial romano de Cafernaum, encontrou a mulher samaritana, inimigos de Israel, e disse a ela, que mesmo que a salvação vinha dos judeus, chegou a hora em que o culto de Deus não ficaria restrito nem em Jerusalém nem em Samaria, pois “Deus é espírito, e convinha que seus adoradores o adorassem em espírito e em verdade” (Jó. 4:24).

De fato, tanto no mundo como no interior dos templos, onde Deus se revela, as armas de guerra são transformadas em foices e enxadas para lavrar a terra e produzir frutos. Hoje, os líderes das religiões e ministros das igrejas cristãs, como também o papa, insistem: “Nenhuma guerra é santa ou justa. Só a paz é um caminho justo para a humanidade. Príncipe da paz é um dos nomes dos cinco Anjos enviado para salvar os homens” (Is. 9:6). Pois, são oito Príncipes no total II Ped. 1; 5, 6 e 7.

Olorum é sinônimo de Paz, harmonia e o amor o seu símbolo maior. Ele está presente no coração de todo ser que praticar o bem ao seu semelhante e amá-lo acima de todas as coisas. Logo, num mundo tão evoluído nas ciências é inconcebível se guerrear em nome daquele que é puro amor e comunhão, que por divergências de ideias se derrame sangue de inocentes. Seja uma semente da Paz que tem como solo fecundo o coração do seu próximo: esta é a forma de ser um representante de Deus, seja qual for a sua religião.

A Paz de Olorum com todos! Até a próxima postagem!


Quem sou eu

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Pedagogo por formação, terapeuta holístico cuja mediunidade aflorou aos 5 anos de idade e desde então vêm crescendo na sua trajetória de vida voltando-se aos estudos da espiritualidade. Alia a mística e a ciência para ajudar a aqueles que o procuram para auxiliar na transposição de obstáculos que a vida a eles impõe.

Além de terapeuta holístico (registrado na Ordem dos Terapeutas Holísticos do Brasil, sob cadastro OTH015), numerólogo, também é adepto do Candomblé e tem como Orixá Iansã, Deusa dos Raios, a qual é regente da vida dele: “Em Iansã, deposito toda fé e confiança! “ – palavras de Alyryo.

Aqui, ele esclarece sobre aspectos desta Entidade, através de artigo publicado na revista 'A História dos Orixás' páginas 50 a 52(Clique aqui para acessá-las).

Aqueles que tiverem dúvidas, curiosidades ou mesmo questionamentos sobre assuntos inerentes a:

Numerologia,

Cartomancia,

Jogo de Búzios(IFÁ),

Psicanálise Holística,

Terapia de Vidas Passadas(TVP)

Poderão dirimi-las em contato direto com este médium-vidente pelo e-mail:'alyriobrasileiro@yahoo.com.br'ou pelo tel: (71) 8158.4582 sendo estes também os contatos para marcação de consultas
( que também podem ser feitas por telefone)

Ao Internauta:

Este blog é um canal aberto entre mim e o público em geral. Para que possamos nos comunicar e discutir sobre temas vários como o Candomblé, religião da qual sou adepto a 27 anos.
Nele também estão postadas reportagens feitas comigo pela imprensa baiana e paulista aos quais falo um pouco sobre o meu trabalho como terapeuta e como médium, além de contar como tudo começou já na minha infância.
Espero poder contar com a colaboração de todos os internautas que o acessarem deixando seus comentários sobre as minhas postagens para que possamos crescer juntos em experiências e fazer novas amizades.
Em tempo, convido aqueles que desejarem conhecer mais sobre o meu trabalho que façam contato pelas vias aqui divulgadas.
Enfim, que este seja nosso ‘espaço virtual’ onde poderemos manter contato e estreitarmos nossos laços de amizade! Sejam todos bem vindos!"

Obrigado Amigos! Ultrapassamos a marca dos 1.000 acessos!

Ultrapassamos a marca de 1.000 acessos ao nosso Blog! Dado este pontuado desde o seu lançamento em Junho de 2010 e nesta oportunidade gostaria de agradecer o apoio de todos os que o acessaram e que nos deram retorno das postagens que realizei durante o período.

Fico muito feliz com a aceitação do trabalho, o que me estimula a prosseguir usando este canal de comunicação com o mundo, onde posso expressar minha ideias e opiniões ao tempo em que também me possibilita saber o que pensa o público que me procura tanto presencial quanto virtualmente. Fora a oportunidade de falar sobre a minha religião o Candomblé, da qual sou adepto a 27 anos na qual ponho toda fé e dela me considero um instrumento de ajuda para aqueles que dela tanto necessitam.

Gostaria que me enviassem sugestões de temas que vocês gostariam de ver comentados por mim no blog e que também me ajudem a divulgar a existência desta nossa via de comunicação.

Mais uma vez agradeço as visitas, críticas e sugestões: através destas é que crescemos e aprendemos sempre! Que Olorum ilumine os nossos caminhos!

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